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BIOECONOMIA
Programa de bioeconomia beneficiará 12 mil pessoas
Na Bahia, será executado projeto voltado para a fabricação de produtos alimentícios a partir da farinha de copioba - Foto: Mapa
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou o resultado final da seleção de projetos para o programa Fortalece Sociobio. Ao todo, seis propostas foram selecionadas e serão financiadas com recursos que somam R$ 4,3 milhões, para desenvolvimento de atividades com a finalidade de fortalecer a bioeconomia, envolvendo pequenos e médios produtores rurais, agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais. A iniciativa integra o Programa Bioeconomia Brasil – Sociobiodiversidade, da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo.
Aproximadamente 12 mil pessoas serão beneficiadas direta e indiretamente a partir dos produtos, serviços e processos associados à sociobiodiversidade das comunidades rurais. As propostas foram apresentadas por consórcios públicos intermunicipais da Bahia, do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul.
O secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Mapa, Fernando Schwanke, explica que trabalhar com os consórcios intermunicipais é mais uma das estratégias adotadas para colocar em prática o Programa Bioeconomia Brasil e ressalta que as ações devem contribuir com o desenvolvimento das regiões onde os projetos estão inseridos.
“É importante destacar que, mais do que ações de um setor, a bioeconomia deve ser vista como ações em rede. Por isso, a ideia de trabalhar com consórcios intermunicipais. Estamos também aliando o conceito de bioeconomia com territorialidade. As propostas selecionadas vão auxiliar no desenvolvimento das regiões, aproveitando o potencial da biodiversidade e o conhecimento que as comunidades têm do uso desta biodiversidade. Isso é importante para a agricultura familiar, os pequenos e médios produtores e também para as cidades que passam a valorizar, cada vez mais, os produtos regionais”, afirma Schwanke.
Propostas selecionadas
Na Bahia, por meio do Consórcio do Território do Recôncavo (CTR), será executado um projeto, pelo período de 14 meses, voltado para a fabricação de produtos alimentícios a partir da farinha de copioba, das ostras e mariscos e das plantas alimentícias não convencionais, mediante pesquisas, capacitações e cursos, oficinas de boas práticas, eventos gastronômicos e publicação de documentário.
A estruturação da produção da piaçava, junto aos agricultores familiares e quilombolas do Território do Baixo Sul Baiano, será o foco do projeto coordenado pelo Consórcio Intermunicipal do Mosaico das Apas do Baixo Sul (Ciapas). No período de dois anos, serão promovidas capacitações sobre o uso integral da palmeira, oficinas de boas práticas de manejo, intercâmbios entre estabelecimentos produtivos circunvizinhos e atividades para o aprimoramento produtivo de unidades dos agroextrativistas.
“É importante destacar que, mais do que ações de um setor, a bioeconomia deve ser vista como ações em rede. Por isso, a ideia de trabalhar com consórcios intermunicipais. Estamos também aliando o conceito de bioeconomia com territorialidade. As propostas selecionadas vão auxiliar no desenvolvimento das regiões, aproveitando o potencial da biodiversidade e o conhecimento que as comunidades têm do uso desta biodiversidade”, afirma secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Mapa, Fernando Schwanke
Outro projeto selecionado foi apresentado pelo Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento da Região Leste Fluminense (Conleste), do Rio de Janeiro, com ações voltadas para o fortalecimento da citricultura e a capacitação dos produtores rurais para o desenvolvimento da bioeconomia na região, maior produtora de laranja do estado. As atividades terão duração de 24 meses.
No Rio Grande do Sul, por meio do Consórcio Intermunicipal de Resíduos Sólidos Urbanos (CRESU), durante 18 meses, será executada a estruturação do Centro Regional de Referência Tecnológica e Produtiva para as culturas da erva-mate e da oliveira. A iniciativa também tem o objetivo de estimular a implantação de Sistemas Agroflorestais (SAFs), com foco na capacitação de agricultores familiares, pesquisas, difusão de tecnologias para o resgate e a inserção de novas atividades econômicas na região.
Em Minas Gerais, o Consórcio de Desenvolvimento Ambiental do Norte de Minas (Codanorte) trabalhará para melhorar o escoamento da produção da agricultura familiar, que ficou represada principalmente por causa do coronavírus, além de apoiar circuitos curtos de comercialização, feiras livres, venda em plataformas virtuais, cursos e capacitações, aquisição de equipamentos, eventos temáticos e intercâmbios de conhecimentos. O período de execução será de dois anos.
Atividades voltadas para a estruturação produtiva e de apoio à comercialização da agricultura familiar e quilombola na região do Médio Espinhaço, em Minas Gerais, serão executadas pelo Consórcio Intermunicipal Multifinalitário do Médio Espinhaço (CIMME). Em um período de 28 meses, o projeto criará uma logomarca, plataformas e canais de venda, apoiar o cooperativismo, oficinas de acesso às políticas públicas e capacitação em sistemas agroflorestais, com implementação de unidades demonstrativas.
Bioeconomia Brasil
O Programa Bioeconomia Brasil – Sociobiodiversidade promove a articulação de parcerias, visando a promoção e estruturação de sistemas produtivos baseados no uso sustentável dos recursos da sociobiodiversidade e do extrativismo, além da produção e utilização de energia a partir de fontes renováveis, sempre com o foco na geração de renda e melhoria da qualidade de vida do público envolvido.
Com informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento