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Vendas crescem em julho, segundo IBGE
O comércio varejista cresceu 5,2% em julho, maior resultado para o mês desde o início da série histórica em 2000. - Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil
Em julho de 2020, o volume de vendas do comércio varejista nacional cresceu 5,2% frente a junho, na série com ajuste sazonal. Este é o maior resultado para o mês de julho da série histórica, iniciada em 2000, e a terceira alta seguida no ano. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio divulgada nesta quinta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
O gerente da Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE, Cristiano Santos, destacou a trajetória contínua do crescimento. “A pesquisa, na passagem de junho para julho de 2020, teve um aumento de 5,2%. Esse foi o terceiro mês consecutivo de aumento”, disse. “Esse aumento foi generalizado, foi em sete das oito atividades pesquisada e a única exceção foi o segmento de hiper e supermercados que teve estabilidade”, explicou.
Em junho deste ano, a alta no volume de vendas do comércio varejista nacional foi de 8,5% e, em maio, de 13,3%. Com isso, a média móvel trimestral cresceu 8,7% no trimestre encerrado em julho. Já o acumulado nos últimos 12 meses foi 0,2%.
No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, peças e de material de construção, o volume de vendas cresceu 7,2% em relação a junho. Em relação a julho de 2019, o varejo ampliado cresceu 1,6%, interrompendo a sequência de quatro meses em queda.
O volume de vendas do comércio varejista ampliado, frente a julho de 2019, mostrou avanço de 1,6%, interrompendo sequência de quatro meses em queda.
Atividades
Em julho de 2020, apenas as atividades de hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo não registraram alta, ficando estável em relação a junho. Nos demais setores, predominam as taxas positivas, atingindo sete das oito atividades pesquisadas.
Livros, jornais, revistas e papelaria tiveram a maior alta (26,1%), seguida por tecidos, vestuário e calçados (25,2%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (11,4%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7,1%), combustíveis e lubrificantes (6,2%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (5,0%) e móveis e eletrodomésticos (4,5%).
Redução do impacto da Covid-19 no faturamento
O impacto causado pela Covid-19 no comércio vem reduzindo, segundo o IBGE pelo terceiro mês seguido. Do total de empresas entrevistadas, 8,1% relataram impacto em suas receitas em julho por conta das medidas de isolamento social. Isso é 4,1 pontos percentuais abaixo do número de junho e 20 pontos percentuais abaixo do maior impacto registrado na pandemia que foi de 28,1% em abril.
“Os dados de junho já tinham sido suficientes para recuperar os níveis das séries do comércio brasileiro aos níveis pré-pandemia, de fevereiro, então em junho, para série como um todo, já estávamos 0,1% acima do nível de fevereiro e quando entra julho esse número vai a 5,3%”, explicou Cristiano Santos.