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Brasil na ONU
Em discurso na ONU, Presidente Bolsonaro destaca enfrentamento à Covid-19 e combate ao crime ambiental
Presidente Jair Bolsonaro na abertura da 75ª Assembleia Geral das Nações - Foto: Marcos Corrêa
Pela primeira vez, a Assembleia Geral das Nações Unidas foi realizada em um ambiente virtual por causa da Covid-19. Os líderes mundiais enviaram vídeos gravados com seus pronunciamentos para a 75ª Assembleia Geral das Nações Unidas, nesta terça-feira (22). Como tradição, o Brasil foi o primeiro a ser ouvido.
Em seu discurso, de quase 15 minutos, o Presidente da República, Jair Bolsonaro, lamentou as mortes provocadas pelo novo coronavírus e falou sobre as medidas adotas pelo Governo Brasileiro para enfrentar a doença. “Desde o princípio, alertei, em meu País, que tínhamos dois problemas para resolver: o vírus e o desemprego, e que ambos deveriam ser tratados simultaneamente e com a mesma responsabilidade”, disse.
O Presidente Bolsonaro também lembrou que, apesar da crise mundial, a produção rural não parou, mantendo a preservação de matas nativas. “Nosso agronegócio continua pujante e, acima de tudo, possuindo e respeitando a melhor legislação ambiental do planeta”.
Destacou ainda a política ambiental brasileira. “Os focos criminosos são combatidos com rigor e determinação. Mantenho minha política de tolerância zero com o crime ambiental. Juntamente com o Congresso Nacional, buscamos a regularização fundiária, visando identificar os autores desses crimes”.
Confira os principais temas do discurso do Presidente Jair Bolsonaro:
Covid-19: O Presidente ressaltou a importância de combater o novo coronavírus e o desemprego. Para isso, o Governo Brasileiro implementou medidas econômicas para o pagamento de um auxílio emergencial a 65 milhões de pessoas e que destinou mais de 100 bilhões de dólares para ações de saúde, socorro a pequenas e microempresas, assim como compensou a perda de arrecadação dos estados e municípios.
Produção rural: Mesmo com a crise do novo coronavírus, o Presidente Bolsonaro ressaltou que a produção rural não parou, e que os caminhoneiros, marítimos, portuários e aeroviários mantiveram ativo todo o fluxo logístico para a distribuição interna e a exportação. “Garantimos a segurança alimentar a um sexto da população mundial, mesmo preservando 66% de nossa vegetação nativa e usando apenas 27% do nosso território para a pecuária e agricultura. Números que nenhum outro país possui”.
Meio Ambiente: O Presidente Bolsonaro ressaltou a tolerância zero com crimes ambientais e que o Brasil é líder em conservação de florestas tropicais com a matriz energética mais limpa e diversificada do mundo. Segundo o Presidente, o País está ampliando e aperfeiçoando o emprego de tecnologias e aprimorando as operações interagências, contando, inclusive, com a participação das Forças Armadas.
Apoio humanitário: O Presidente lembrou que o Brasil vem sendo referência internacional pelo compromisso e pela dedicação no apoio prestado aos refugiados venezuelanos, que chegam ao Brasil a partir da fronteira no estado de Roraima com a Operação Acolhida. Segundo ele, o País já recebeu quase 400 mil venezuelanos.
Operações de paz: Presidente Bolsonaro ressaltou que o Brasil tem os princípios da paz, cooperação e prevalência dos direitos humanos inscritos na Constituição, e, tradicionalmente, contribui, na prática, para a consecução desses objetivos. Citou que o País já participou de mais de 50 operações de paz e missões similares, tendo contribuído com mais de 55 mil militares, policiais e civis, com participação marcante em Suez, Angola, Timor Leste, Haiti, Líbano e Congo. O Brasil teve duas militares premiadas pela ONU na Missão da República Centro-Africana pelo trabalho contra a violência sexual.
Política Externa: O País está comprometido com a conclusão dos acordos comerciais firmados entre o Mercosul e a União Europeia e com a Associação Europeia de Livre Comércio, segundo o Presidente. Tais acordos possuem importantes cláusulas que reforçam compromisso do Brasil com a proteção ambiental na visão de Jair Bolsonaro. Ele também disse que o Brasil está próximo do início do processo oficial de acessão à OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
Confira o discurso na íntegra: