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DERRUBADA - Iniciativa internacional presidida pelo Brasil lança os Cinco Princípios para a Recuperação e a Aceleração da Bioeconomia Pós-COVID
Os principios foram elaborados após consultas a especialistas da indústria e organizações internacionais e formuladores de políticas públicas - Foto: Ministério das Relações Exteriores
A Plataforma para o Biofuturo, iniciativa internacional presidida pelo Brasil e integrada por outros 19 países, anunciou, hoje, o lançamento dos Cinco Princípios para a Recuperação e a Aceleração da Bioeconomia Pós-COVID.
Elaborados após consultas com formuladores de políticas públicas, especialistas da indústria e organizações internacionais, os princípios são elementos orientadores para a promoção da bioeconomia sustentável, tanto na concepção de medidas de apoio específicas no curto prazo quanto no que diz respeito à definição de programas gerais de recuperação econômica pós-COVID-19.
Os princípios, que não são vinculantes e não preconizam medidas específicas, poderão ser utilizados pelos participantes da Plataforma para o Biofuturo, de acordo com suas capacidades e situações particulares.
O Brasil, juntamente com outros países-membros, já executa programas em linha com os princípios. Esse é o caso do RenovaBio, programa brasileiro de biocombustíveis que entrou em operação em 2020, exemplo de implementação do princípio 5: premiar a sustentabilidade. Ao amparo do RenovaBio, os biocombustíveis geram créditos de carbono proporcionalmente à sua economia real de gases de efeito estufa.
Integram a Plataforma para o Biofuturo, juntamente com o Brasil, Argentina, Canadá, China, Dinamarca, Egito, Estados Unidos, Filipinas, Finlândia, França, Índia, Indonésia, Itália, Marrocos, Moçambique, Países Baixos, Paraguai, Suécia, Reino Unido e Uruguai.
São os Princípios da Plataforma para o Biofuturo para recuperar e acelerar o desenvolvimento da bioenergia no pós-pandemia de Covid-19:
1 – Não retroceder / Continuidade dos projetos
Não retroceder em programas existentes. Garantir a continuidade, no longo prazo, de programas e sistemas de produção de biocombustíveis e produtos sustentáveis.
2 – Apoio de curto prazo a produtores
Criar programas de incentivos e/ou financiamento para reduzir, no curto prazo, perdas econômicas na cadeia produtiva de biocombustíveis decorrentes da pandemia.
3 – Concorrência mais justa
Reavaliar a necessidade de manutenção de subsídios aos combustíveis fósseis, tendo em conta a atual queda no preço do petróleo.
4 – Bio como parte da solução
Integrar o setor de bioeconomia sustentável aos planos mais amplos de retomada econômica, requerendo, por exemplo, metas e/ou investimentos em bioenergia como condição para acesso a programas de recuperação de setores como o de transportes e aviação.
5 – Premiar a sustentabilidade
Criar mecanismos para incentivar a produção sustentável de biocombustíveis, bioenergia e bio-produtos, promovendo as chamadas externalidades positivas.
Com informações do Ministério das Relações Exteriores.