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Banco Central mostra indicadores econômicos positivos: Brasil é um dos que terá melhor recuperação da crise entre países emergentes
De acordo com o Banco Central, Brasil terá uma das melhores recuperações econômicas entre os países emergentes. - Foto: Agência Brasil
Em apresentação para investidores do Bank of America nessa quarta-feira (19), o Presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, trouxe dados e projeções que indicam que a economia brasileira mostra uma recuperação mais rápida do que a de outros países emergentes.
Diversos setores econômicos foram duramente afetados pela crise de saúde provocada pelo novo coronavírus. Nas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2020, a recessão econômica do Brasil deverá ficar em 5,6%, uma das menores entre os países emergentes. No México, a queda do PIB será de 10,5%; na Argentina, 9,9%.
Segundo os dados apresentados, o cenário para as economias emergentes segue exigindo cautela. No entanto, o Brasil apresenta indicadores mais favoráveis quando comparado a países como México, África do Sul, Índia e Rússia. O índice de Gerentes de Compras (PMI), um indicador de saúde econômica do setor de indústrias e manufaturas do País, em julho, foi de 58,2%, o maior entre os emergentes analisados.
Agronegócio
A apresentação destacou a atuação do agronegócio na recuperação do País. O setor foi o único a apresentar crescimento no primeiro trimestre do ano, puxado pela produção recorde de grãos da safra 2019/2020 que deverá bater a marca de 253,7 milhões de toneladas, um crescimento de 4,8% em relação à safra anterior. As exportações brasileiras do agronegócio continuam crescendo, atingindo valores maiores do que nos anos anteriores. Em julho, as vendas externas do agronegócio somaram mais de R$ 10 bilhões, representando mais da metade do valor total exportado pelo País.
Para a safra 2020/2021, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) disponibilizou R$ 236,3 bilhões para apoiar a produção agropecuária nacional. No primeiro mês do Plano Safra, foram contratados R$ 24,15 bilhões em crédito rural, um aumento de 50% sobre o mesmo período no ano passado. A longo prazo, o Banco Central prevê a utilização de financiamento privado para a cadeia do agronegócio.