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Brasil Mais vai investir na capacitação produtiva e tecnológica das empresas
- Foto: Agência Brasil
No Brasil, as micros, pequenas e médias empresas são uma parcela representativa da economia. Com a finalidade de aumentar a eficiência dessas empresas, e ampliar a produtividade e a competitividade do País, o Governo Federal lançou o programa Brasil Mais. A ação vai beneficiar 200 mil empreendimentos da indústria, comércio e serviços de todo o Brasil, até 2022, a partir da capacitação e apresentação de novas tecnologias.
“O que nós estamos fazendo é alinhando os esforços do governo a essa capacitação. Juntos iniciativa privada e governo estamos melhorando a produtividade da mão de obra brasileira, a competitividade das empresas e consequentemente maiores salários, mais empregos e mais renda para o trabalhador”, afirmou o ministro da Economia, Paulo Guedes.
O programa conta com a parceria da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e do Serviço Brasileiro de Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
No projeto, o Senai e o Sebrae serão responsáveis pela capacitação dos profissionais e aplicação das metodologias, divididas em dois eixos: Melhores Práticas Produtivas (Senai) e Melhores Práticas Gerenciais (Sebrae). As atividades estão previstas para ter início entre março e junho, dependendo de cada estado.
O Senai vai atender estabelecimentos que variam de 11 a 499 funcionários. Fará a capacitação profissional, promovendo o aprendizado coletivo e conduzirá consultorias especializadas em práticas e tecnologias que potencializem os resultados da produção, com base nas metodologias de manufatura enxuta. O método é mundialmente conhecido e já difundido na indústria. A ideia é ter uma gestão mais eficiente, reduzir desperdício e custo.
“A manufatura enxuta compreendido com a difusão das novas tecnologias digitais pode apresentar um ganho médio de 64% na produtividade da empresa. Vai desdobrar uma agenda importante de maior competitividade para indústria brasileira e tudo isso vai se traduzir também em um ganho de maior empregabilidade do setor”, afirmou o diretor geral do Senai Nacional, Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti.
Já o Sebrae ficará responsável por capacitar as micro e pequenas empresas, de comércio e serviços. O órgão vai oferecer uma metodologia de gestão por meio de indicadores, ou seja, mostrar aos empresários o que eles precisam fazer para melhorar a produção. Após um diagnóstico, será desenhado um plano de ação que contempla consultorias especializadas em gestão e inovação para cada empresa. A proposta é apontar onde o empresário pode melhorar para reduzir custos e ampliar a competitividade no mercado. Serão atendidas aquelas que possuírem receita bruta de até R$ 4,8 milhões.
Segundo o presidente do Sebrae, Carlos Melles, “o aumento da produtividade brasileira passa necessariamente pela micro e pequena empresa, que representa 99% dos negócios do País. Acreditamos que o Brasil Mais será a porta de entrada para disseminar melhorias gerenciais e inovações tecnológicas de modo a aumentar a participação dos pequenos negócios no Produto Interno Bruto (PIB), de 27% para 40% na próxima década”, destacou.
Como participar?
Para participar do programa, as empresas devem se cadastrar por meio do portal gov.br/brasilmais, responder a um questionário que vai avaliar o grau de maturidade, produtividade e de gestão da instituição. Após realizar o cadastro, a empresa será encaminhada para o atendimento assistido de um dos parceiros do Brasil Mais: Sebrae ou Senai.
Como vai funcionar?
O programa Brasil Mais está dividido em duas etapas. A primeira fase será de diagnóstico e otimização. O objetivo é que as empresas atendidas consigam reduzir desperdícios, aumentar a produtividade e melhorar processos e custos.
Na segunda etapa, será exposto o processo de introdução à transformação digital. O objetivo é aperfeiçoar processos produtivos e gerenciais a partir da adoção de tecnologias digitais adequadas à realidade dos empreendimentos. Nesta última etapa, está prevista a adoção de tecnologias de industria 4.0 para as empresas que tiverem maturidade avançada.
Investimento
O Sebrae e o Senai custearão o programa junto com as empresas. Os órgãos já possuem recursos no orçamento previsto para esse tipo de capacitação. Na fase 1 do eixo de Melhores Práticas Produtivas, as empresas pagarão uma taxa de R$ 2,4 mil, que é o custo de 16 horas de consultoria individual.
Na fase da digitalização, a contrapartida das empresas será de R$ 6 mil, correspondentes a 40 horas de consultorias oferecidas pelo Senai, acrescidos dos custos dos sensores e do sistema de monitoramento on-line, a ser definido. No eixo de Melhores Práticas Gerenciais, o atendimento, prestado pelo Sebrae, terá como contrapartida das empresas cerca de R$ 1.200, podendo variar de acordo com o tipo de consultoria necessário para cada empresa.