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Gestão H´ídrica
Medidas adotadas pelo Governo Federal evitaram racionamento e apagão
As medidas adotadas pelo Governo Federal, a partir de outubro de 2020, fizeram com que o país superasse a iminência de escassez de energia e apagões. A afirmação é do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, durante audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado, na manhã desta terça-feira (9/11).
Entre as medidas estão a geração de energia termoelétrica adicional, a partir de outubro do ano passado, a importação de energia do Uruguai e da Argentina e, a partir de dezembro, começou uma campanha de uso consciente de água e energia. Neste ano, começaram a ser antecipadas as operações de novos empreendimentos de geração e transmissão de energia elétrica. Na Administração Pública Federal foram estipuladas metas de redução do consumo de energia entre 10 e 20%. Já no mês passado foi realizado um leilão de contratação simplificada de 1,2 GW para o período de 2022 a 2025.
Os resultados das medidas adotadas pelo Governo Federal fizeram com que o nível médio dos reservatórios chegasse a 21,2% em agosto deste ano, ante a uma previsão de 10,1% caso nenhuma providência fosse tomada. No mês de outubro, o nível chegou a 18,7%, mas a previsão para o final de novembro é que atinja 25,4%. “As medidas adotadas permitiram que o país permanecesse com a segurança energética e com o fornecimento de energia para todos os consumidores e a nossa perspectiva para o final de novembro é 25,4%. Ou seja, não há nenhuma indicação que nós possamos ter qualquer problema em termos de racionamento ou mesmo apagão”, ressaltou o ministro.
Para 2022, mesmo que a escassez hídrica deste ano se repita, a previsão é que os reservatórios cheguem a 42,6% da capacidade em maio. Já se a média histórica de chuva prevalecer, a média deve chegar a 51,1%, o que permitiria uma governança com certa tranquilidade em relação à oferta de energia em 2022.
Comparativo
No ano de 2001, o país enfrentou racionamento e apagão. Naquele ano, o país tinha apenas quatro fontes de energia, 85% era hidráulica e a capacidade instalada era de 81 GW. Em 2001, o Brasil contava com 70.034 quilômetros de linha de transmissão e não contou com infraestrutura suficiente para transmitir toda a energia gerada no Sul para o Sudeste.
Já em 2021, o país conta com nove fontes de energia, a matriz hidráulica caiu para 61% e a capacidade instalada passou para 186 GW, crescimento de 130%. As linhas de transmissão passaram para 164.843 quilômetros, aumento de 135% em relação a 2001. Até 2030, o planejamento é que o país chegue a 236 GW de capacidade instalada e construa mais 37,4 mil quilômetros de linhas de transmissão.