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Balanço
Censo 2022 já alcançou quase metade da população estimada do país
Quase metade da população brasileira estimada respondeu ao Censo 2022. Desde o início do levantamento, em 1º de agosto, até 2 de outubro, foram recenseadas 104.445.750 pessoas. Esse total corresponde a 49% da população estimada do país. O segundo balanço da coleta do Censo Demográfico 2022 foi divulgado nesta segunda-feira (03/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
Foram visitados 36.567.808 domicílios. Da população recenseada até agora, 52% são mulheres e 48% homens. A maior parte dos brasileiros que responderam à pesquisa estão no Sudeste (42,0%), seguido pelo Nordeste (27,0%), Sul (14,3%), Norte (8,9%) no Centro-Oeste (7,8%).
O Censo é uma pesquisa socioeconômica completa, realizada a cada 10 anos, que produz informações atualizadas sobre o país com os detalhes necessários para planejar políticas públicas governamentais, investimentos e para a distribuição de recursos federais entre estados e municípios.
“É um exercício de cidadania responder ao censo e existem várias formas possíveis de responder e prestar as informações para a realização do censo demográfico”, destacou o gerente técnico do Censo, Luciano Duarte.
Até agora, 860.358 indígenas já foram contados pelo Censo. Dentre esse total de indígenas, a maior concentração está no Amazonas e na Bahia. A população quilombola recenseada soma 740.923 pessoas, com maior número na Bahia e Maranhão.
O Censo 2022 tem dois tipos de questionário, um básico e um da amostra. O básico tem 26 questões que investiga as principais características do domicílio e dos moradores. Uma parcela dos domicílios é selecionada para responder ao questionário da amostra, com 77 questões, que inclui mais detalhes como núcleo familiar, religião ou culto e deficiência.
Até o dia 2 de outubro, 88,2% dos domicílios haviam respondido ao questionário básico e 11,8% ao ampliado. O tempo médio de preenchimento registrado é de 6 minutos para o questionário básico e de 16 minutos para o questionário ampliado. A maior parte dos questionários (99,5%) foi respondida de forma presencial, sendo que 81.620 domicílios optaram por responder pela internet e 85.309 pelo telefone.
Os recenseadores ainda enfrentam resistência da população em colaborar com a pesquisa. Em cerca de 2,27% dos domicílios visitados, houve recusa em responder ao questionário, de acordo com o IBGE. As maiores taxas de recusa até agora estão no Rio de Janeiro (3,75%), São Paulo (3,74%) e Roraima (3,64%). As menores, na Paraíba (0,90%), Piauí (1,08%) e Rio Grande do Norte (1,25%).
“É uma parcial e temos a intenção de reduzir esse percentual de recusa. Ao final da coleta, todos que permanecerem na condição de recusa vão receber uma carta de notificação para que tenham uma última oportunidade de responder pela internet”, disse o gerente Luciano Duarte.
Os dados do IBGE mostram que as visitas estão ocorrendo todos os dias da semana, desde antes das 9h até após as 18h para facilitar que os moradores sejam encontrados em casa.
Os recenseadores têm itens de identificação para facilitar o reconhecimento do pesquisador pelo cidadão. Eles trabalham uniformizados com boné e colete azul com a logomarca do IBGE e um crachá de identificação com foto, além dos números de matrícula e identidade do entrevistador. E usam Dispositivo Móvel de Coleta (DMC) de cor azul, semelhante a um smartphone, para registrar as informações. É possível confirmar a identidade dos entrevistadores no site [respondendo.ibge.gov.br] ou pelo telefone 0800 721 8181.
Novo prazo
O IBGE ampliou o prazo estimado inicialmente para a conclusão das visitas domiciliares do Censo 2022, que era 31 de outubro. “O IBGE vai prorrogar o término do censo. Estamos prevendo o término para o início de dezembro com o compromisso de manter a entrega dos primeiros resultados no final de dezembro”, afirmou o diretor de pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo Pereira.
Segundo o diretor, o atraso no andamento no Censo ocorreu pela dificuldade de contratação de pessoal para a coleta de dados. “O ponto principal foi a dificuldade de contratarmos recenseadores, [em decorrência do] mercado de trabalho aquecido em algumas localidades, em alguns estados. Onde o mercado de trabalho está mais aquecido, temos mais dificuldade de contratar”, explicou. “Temos uma série de ações para enfrentar essas dificuldades, como a busca ativa por recenseadores”, exemplificou Cimar Azeredo Pereira.