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Desocupação tem queda em 22 das 27 unidades da federação, no segundo trimestre
A taxa de desocupação do país teve recuo de 1,8 ponto percentual em relação ao trimestre anterior - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A taxa de desocupação do país no segundo trimestre de 2022 foi de 9,3%, caindo 4,9 pontos percentuais na comparação com o mesmo período de 2021 (14,2%). Em relação ao primeiro trimestre deste ano, o recuo foi de 1,8 ponto percentual. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) Trimestral, divulgada nesta sexta-feira (12/08), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Esse movimento de retração também ocorreu nas diversas unidades da federação. No confronto trimestral, por exemplo, 22 das 27 unidades da federação apresentaram retração da desocupação, enquanto que, no confronto anual, todas as 27 tiveram também esse movimento de redução da desocupação”, detalhou a Coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios, Adriana Beringuy.
Os estados com menor taxa de desocupação foram Santa Catarina (3,9%), Mato Grosso (4,4%) e Mato Grosso do Sul (5,2%). Já as maiores foram registradas na Bahia (15,5%), Pernambuco (13,6%) e Sergipe (12,7%).
São as mulheres a maioria entre os desocupados. A taxa no segundo trimestre deste ano foi de 11,6% para as mulheres e de 7,5% para os homens. Em relação à cor e raça, a desocupação ficou abaixo da média nacional (9,3%) para os brancos (7,3%) e acima para os pretos (11,3%) e pardos (10,8%). No recorte por idade, a taxa de desocupação de jovens de 18 a 24 anos recuou. Era 22,8% no primeiro trimestre e foi para 19,3% no segundo trimestre.
O nível de escolaridade impactou na desocupação, já que para as pessoas com ensino médio incompleto (15,3%) foi maior que as taxas dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi 9,9%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo (4,7%).
O percentual de empregados com carteira assinada no setor privado foi de 73,3% no segundo trimestre do ano. Os maiores percentuais estavam em Santa Catarina (87,4%), São Paulo (81,0%) e Paraná (80,9%) e os menores, no Piauí (46,6%), Maranhão (47,8%) e Pará (51,0%).
A população ocupada do país trabalhando por conta própria registrou o percentual de 26,2%. Os maiores percentuais estavam no Amapá (35,7%), Rondônia (35,3%) e Amazonas (35,0%) e os menores, do Distrito Federal (20,1%), Mato Grosso do Sul (22,6%) e São Paulo (23,2%).
Quanto à informalidade, a pesquisa mostra que a taxa no país foi de 40,0% da população ocupada. As taxas maiores ficaram com Pará (61,8%), Maranhão (59,4%) e Amazonas (57,7%) e as menores, com Santa Catarina (27,2%), São Paulo (31,1%) e Distrito Federal (31,2%).
No segundo trimestre de 2022, a taxa composta de subutilização da força de trabalho - que é o percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada - foi de 21,2%. Piauí (42,3%) teve a maior taxa e Santa Catarina (7,0%), a menor.
Retrato da força de trabalho
A PNAD Contínua é o instrumento que monitora a força de trabalho no país por meio de pesquisa com amostra trimestral que corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. Para o IBGE, qualquer pessoa que realiza algum tipo de trabalho, seja ele formal ou informal, é considerada ocupada. Isso quer dizer que vendedores ambulantes e entregadores autônomos de delivery, por exemplo, que não têm carteira assinada, também fazem parte do grupo de ocupados.
As entrevistas são realizadas em 26 estados e no Distrito Federal. Desde 17 de março de 2020, o IBGE implementou a coleta de informações da pesquisa por telefone, em função da Covid-19.