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No Mês da Primeira Infância, ação do MEC para estimular leitura é destaque na programação
Desde o início deste mês, especialistas em primeira infância estão reunidos para debater ações de promoção do pleno desenvolvimento nos anos iniciais de vida. Temas como políticas públicas, intersetorialidade, vínculo familiar, educação financeira e estímulo por meio de brincadeiras fazem parte dos debates do Mês da Primeira Infância, promovido pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Cidadania, até o fim de agosto. Um dos destaques da programação é uma ferramenta considerada essencial nessa missão: o livro.
O evento de abertura abordou a literacia emergente em contexto familiar. Responsável pelo programa “Conta pra Mim” e coordenador de Monitoramento e Avaliação Educacional do Ministério da Educação (MEC), Eduardo Federizzi Sallenave, destacou que a leitura é uma habilidade fundamental para exercer a cidadania.
“Pesquisadores americanos apontaram que crianças de famílias instruídas escutavam 30 milhões de palavras a mais do que criança em situação de vulnerabilidade. O vocabulário precede o sucesso escolar e as condições de partida são muito desiguais”, explicou.
Com o intuito de democratizar o acesso dos beneficiários do Criança Feliz ao universo das letras, o Ministério da Cidadania estabeleceu uma parceria com o Ministério da Educação para expandir a ação do “Conta pra Mim”. Um kit com livros, bloco de papel, giz de cera, calendário de leitura está sendo elaborado e será distribuído aos beneficiários do Criança Feliz. O material inclui ainda uma cartilha com orientações para ajudar a família a desenvolver o hábito de ler.
Segundo a secretária nacional de Atenção à Primeira Infância, Luciana Siqueira Lira de Miranda, o acesso às técnicas de literacia familiar são fundamentais para o estímulo da aquisição da linguagem. “O hábito de ler deve ser estimulado desde os primeiros anos de vida, para que a criança aprenda na primeira infância que ler é algo importante, prazeroso e dinâmico”, afirmou.
Para o coordenador do MEC, os visitadores têm um papel importante na hora de ajudar as famílias a transformar a novidade em hábito. “Os pais devem conversar com a criança, contar histórias, interagir com ela enquanto lê, permitir que ela tente escrever e se familiarizar com as letras do alfabeto, além de estimular atividades que envolvam desenho, música, passeios, jogos e brincadeiras”, salientou.
O Mês da Primeira Infância prevê uma série de lives, webnários e uma oficina dedicados ao tema: “O Brasil do futuro começa agora”. Além de representantes do Ministério da Cidadania, especialistas no setor e parceiros do Criança Feliz, estados como Alagoas, Paraíba, São Paulo, Rio de Janeiro, Amapá, Amazonas, Espírito Santo, Rio Grande do Sul compartilharão experiências regionais no desenvolvimento da primeira infância.
Maior programa de visitação domiciliar do mundo destinado ao público da primeira infância, o Criança Feliz tornou-se referência internacional em políticas públicas e recebeu diversos prêmios de prestígio global. Por meio da ação, já foram realizadas mais de 48 milhões de visitas, com 1,3 milhão de crianças e gestantes assistidas.
Com informações do Ministério da Cidadania