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INOVAÇÃO
MIT cita pesquisador premiado pela Capes como cientista visionário
Gabriel Liguori foi destacado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT/EUA). - Foto: Capes
Doutor em cirurgia torácica e cardiovascular, Gabriel Liguori foi destacado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, como um dos 35 empreendedores com menos de 35 anos capazes de transformar a saúde no mundo. Vencedor do Prêmio Capes de Tese de Medicina III, em 2020, ele é fundador da startup de biotecnologia brasileira TissueLabs. O trabalho dele é desenvolver órgãos e tecidos humanos em laboratório para uso em transplantes.
Junto com outros cientistas inovadores da América Latina, o médico, formado pela Universidade de São Paulo (USP), integra a lista Innovators Under 35 LATAM 2020, feita pela revista MIT Technology Review. A publicação reconhece profissionais inovadores e empreendedores talentosos que usam a ciência e a tecnologia para resolver problemas que afetam a sociedade.
“Durante o doutorado, tive a oportunidade de desenvolver diversas técnicas, como rolamento de folhas, bioimpressão em 3D e hidrogel a partir de células-tronco”, explica Gabriel Liguori
Liguori já acumula no currículo passagens pela Harvard Medical School (EUA), Maastricht University (Holanda) e Imperial College London (Reino Unido). Durante o doutorado-sanduíche na USP e na Universidade de Groningen (Holanda), como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), desenvolveu tecnologias para a fabricação de vasos e tecidos sanguíneos em laboratório a serem usados com enxertos em pontes de safena, cirurgias cardíacas pediátricas e vasculares em geral.
“Durante o doutorado, tive a oportunidade de desenvolver diversas técnicas, como rolamento de folhas, bioimpressão em 3D e hidrogel a partir de células-tronco”, explica Gabriel. Entretanto, ele destaca que, atualmente, o principal objetivo é apresentar, em um futuro próximo, o primeiro coração criado totalmente em uma impressora 3D.
Gabriel Liguori nasceu com uma doença no coração e, aos 2 anos, passou por uma cirurgia cardíaca. A partir dessa experiência veio a decisão de cursar medicina e se especializar em cardiologia. Depois de concluir o doutorado, o médico criou a TissueLabs: “É uma empresa na área de engenharia de tecidos, mas que também desenvolve produtos para pesquisadores e empresas que atuam nesta área. Hoje, a gente tem clientes não só no Brasil, mas também nos Estados Unidos e na Europa, que trabalham com fabricação de órgãos e tecidos em laboratório”.
Com informações da Capes