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Brasileira que foi bolsista ganha prêmio de Cientista do Ano 2020
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Ângela Wyse, pesquisadora do programa de pós-graduação em Bioquímica da Universidade do Rio Grande do Sul - Foto: Gustavo Diehl/UFRGS
A pesquisadora Ângela Wyse, do programa de pós-graduação em Bioquímica da Universidade do Rio Grande do Sul (UFRGS), ganhou o prêmio Cientista do Ano 2020 na categoria Ciências Médicas e da Saúde, oferecido pelo International Achievements Research Center, de Chicago (EUA). Ela é a única brasileira entre 23 cientistas a receber a premiação.
Ex-bolsista de doutorado da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a cientista destaca a importância da bolsa na trajetória profissional. “Para além da minha própria formação, cerca de 70% dos mais de 70 mestres e doutores que orientei eram bolsistas da Capes. Esse trabalho com os alunos foi um dos fatores para o reconhecimento, além da produção acadêmica.”
Wyse liderou testes que mostraram os danos no cérebro e no coração causados pela homocisteína, uma substância tóxica produzida pelo organismo quando esse processa a metionina, elemento presente em alimentos de origem animal e importante no funcionamento do organismo. Entre as doenças cardíacas e cerebrais, estão algumas degenerativas, como de Alzheimer e Parkinson.
“Nossos achados indicam que a homocisteína pode ser um fator de risco para essas e outras doenças, por aumentar as atividades de acetilcolinesterases, diminuindo os níveis de acetilcolina”, afirmou. A acetilcolina é um neurotransmissor importante para a manutenção das boas condições motoras, cognitivas e de memória. Assim, dietas à base de proteínas, aliadas ao sedentarismo e ao consumo excessivo de álcool e tabaco levam a uma maior produção de homocisteína.
O trabalho da pesquisadora trouxe avanços com relevância internacional nas Ciências da Saúde. Em dezembro, o diretor-médico do Centro de Recuperação da Universidade de Oxford, na Inglaterra, usou as pesquisas conduzidas por Wyse para tratar crianças afetadas pela homocisteína.