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Satélite de monitoramento da Amazônia deverá ser lançado em fevereiro
Amazônia-1 vai ampliar a capacidade de monitoramento de biomas em todo o território brasileiro - Foto: MCTIC
Um satélite completamente nacional, projetado e desenvolvido no Brasil e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Amazônia-1, que já está na fase final dos testes e deve ser lançado em fevereiro do ano que vem. “Este satélite é focado justamente na observação da Amazônia, ele tem uma série de características interessantes e é 100% nacional”, disse o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, que participou nesta terça-feira (14) de coletiva à imprensa.
É o primeiro satélite de sensoriamento remoto. O Amazônia-1 vai ampliar a capacidade de monitoramento de biomas em todo o território brasileiro. “O Amazônia-1 vai ser lançado juntamente com a Índia. Eu gostaria que ele fosse lançado aqui no nosso Centro de Lançamento de Alcântara, mas ainda não temos capacidade de lançar um satélite dessa natureza ali de Alcântara [MA], mas vamos ter em breve”, explicou o ministro.
Também nesta terça-feira, o Inpe anunciou melhorias nos sistemas de monitoramento da Amazônia, por meio do Deter, que emite alertas de desmatamento na região. Dentre as novidades, está o uso de mais inteligência artificial e o aumento da frequência de monitoramento nas áreas com mais ocorrências de devastação ambiental.
O Deter foi desenvolvido como um sistema de alerta para dar suporte à fiscalização e controle de desmatamento e da degradação florestal realizadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e demais órgãos.
Nova estrutura Inpe
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações também apresentou a nova estrutura do Inpe, órgão vinculado ao ministério. Segundo Pontes, a nova estrutura, que começou a ser discutida no final de 2019, tem como o objetivo trazer mais eficiência e qualidade aos projetos desenvolvidos pelo instituto e otimizar os recursos humanos e de infraestrutura. “Além de melhorar a nossa eficiência, em termos de gestão, com essa nova estrutura, queremos colocar projetos estratégicos ali dentro”, disse o ministro.
Dentro do Inpe, 15 setores foram reagrupados em sete áreas estratégicas, subordinados à direção, e foi criada uma coordenação específica para cuidar dos programas de ensino, pesquisa e extensão da entidade. De acordo com o ministro, nenhuma área foi extinta. Entre as mudanças anunciadas, está, por exemplo, a criação da Coordenação Geral de Ciências da Terra, que agregou três coordenações: o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos; a Coordenação Geral de Observação da Terra; e o Centro de Ciência do Sistema Terrestre.
“É importante essa reestruturação para ampliar tanto a qualidade dos serviços oferecidos pelo Inpe, não só em monitoramento, queimadas, em outras áreas também, quanto para ampliar esses serviços”, disse Marcos Pontes.
O ministro também voltou a destacar a importância do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, em especial em tempos de pandemia. “É importante este setor pra que nós possamos ter soluções através da ciência, que é a única ferramenta, a única arma que nós temos para vencer o vírus, e, também, vencer os impactos dessa pandemia”, finalizou.