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MEC orienta instituições sobre ensino durante pandemia
Documento sugere que as escolas mantenham um fluxo de atividades escolares não presenciais enquanto durar a situação de emergência - Foto: Foto - Prefeitura de Jundiaí
Para orientar instituições de ensino da educação básica e superior sobre as práticas que devem ser adotadas durante a pandemia, o Ministério da Educação (MEC) homologou um conjunto de diretrizes, aprovado pelo Conselho Nacional da Educação (CNE). Vale destacar que a educação básica compreende a educação infantil, o ensino fundamental obrigatório de nove anos e o ensino médio.
O documento publicado nesta semana no Diário Oficial da União, sugere que as escolas mantenham um fluxo de atividades escolares não presenciais enquanto durar a situação de emergência para o cumprimento da carga horária; e busquem alternativas para minimizar a necessidade de reposição presencial de dias letivos após a pandemia. O texto autoriza os sistemas de ensino a computarem atividades não presenciais para o cumprimento da carga horária.
O documento elaborado pelo CNE sugere ainda uma série de atividades não presenciais que podem ser utilizadas pelas redes de ensino durante a pandemia. Videoaulas, plataformas virtuais, redes sociais, programas de televisão e rádio e material didático impresso entregue aos responsáveis são algumas das alternativas possíveis.
Para especialistas, o momento de isolamento social está sendo um desafio para professores e pais. “É um grande desafio para todo mundo. Mas, com certeza, após essa pandemia, vamos sair com grandes aprendizagens. Acredito que a educação não será a mesma após esse momento”, concluiu a pedagoga Xênia Honório.
Confira algumas recomendações por etapas de ensino
Educação Infantil
Para a educação infantil, as recomendações para creche e pré-escola, neste momento de pandemia, é que busquem a aproximação virtual dos professores com as famílias para estreitar vínculos; e que as atividades sejam lúdicas, para que as crianças pequenas se desenvolvam brincando.
A pedagoga e pesquisadora dos usos das tecnologias digitais no processo de ensino e aprendizagem, Xênia Honório, falou sobre os desafios das aulas on line na educação infantil.
“Os educadores precisam criar ambientes que sejam os mais lúdicos e diversificados possíveis, para que a criança consiga se envolver com essas aulas. Consigam, realmente, aprender neste tempo que elas passam conectadas. É um desafio para todo mundo, para as crianças, para os educadores e para os pais.”
Ensino Fundamental e Médio
Nos anos iniciais, a recomendação é que as atividades devem ser práticas e estruturadas e não devem exigir que os responsáveis do aluno substituam o trabalho do professor.
Já nos anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, há mais autonomia por parte dos estudantes. Entre as sugestões de atividades, está a distribuição de vídeos educativos.
Ensino Superior e EJA
O CNE sugere que, para a continuidade das atividades de aprendizado no Ensino Superior, as instituições possam disponibilizar atividades não presenciais.
Para a Educação de Jovens e Adultos, a recomendação é que as atividades remotas devem considerar as condições de vida dos estudantes, para haver harmonia na rotina de estudos e de trabalho.
Educação Especial
As atividades pedagógicas não presenciais devem incluir os estudantes com deficiência, transtorno de espectro autista e altas habilidades. E devem envolver parcerias entre profissionais especializados e professores, além de dar orientações e apoios necessários aos responsáveis.
Educação Indígena, do Campo e Quilombola
As escolas poderão ofertar parte das atividades escolares em horário de aulas normais e parte em forma de estudos dirigidos e atividades nas comunidades.
Fim do isolamento
Para repor as aulas ao fim do isolamento social, a diretriz indica utilização de períodos não previstos, como recesso escolar do meio do ano, de sábados, e a reprogramação de períodos de férias. Outras alternativas são a ampliação da jornada escolar diária por meio de acréscimo de horas em um turno ou a utilização do contraturno.
De acordo com o documento, a reorganização dos calendários é de responsabilidade dos sistemas de ensino.
Com informações do Ministério da Educação