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Política espacial
Brasil poderá lançar foguetes em centro espacial, no Maranhão
Durante entrevista no Palácio do Planalto, ministro Pontes informou que o Brasil poderá lançar foguetes em centro espacial, no Maranhão - Foto: Angelina Gomes/PR
O governo brasileiro quer tornar o Centro Espacial de Alcântara, no Maranhão, competitivo mundialmente e um grande atrativo de recursos para o Brasil no setor espacial.
Uma portaria da Agência Espacial Brasileira autorizou empresas privadas, nacionais ou estrangeiras, a lançarem foguetes, satélites ou outras cargas a partir da base de Alcântara, no Maranhão. Os interessados em fazer lançamentos do Brasil devem enviar documentos para análise.
No último fim de semana nos Estados Unidos, uma empresa privada, a Space X, fez uma parceria com a NASA e lançou um foguete tripulado.
Em suas redes sociais, o presidente da República, Jair Bolsonaro, comentou sobre essa nova etapa na política espacial. “ O Brasil acaba de entrar no seleto grupo de nações que abrigam lançamentos de foguetes privados, como os da SpaceX. Após décadas, inicia-se nova fase de desenvolvimento, garantindo bilhões de reais ao país e região de Alcântara /MA”.
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, comentou a importância do trabalho brasileiro. “O presidente Jair Bolsonaro congrega com essa ideia de que nós precisamos ter essas tecnologias estratégicas, ou seja, parte espacial, nuclear e segurança cibernética, como um todo, incentivadas. Isso é importante para soberania do País, importante para desenvolvimento econômico e social”
Marcos Pontes disse que o trabalho desenvolvido em Alcantara atrairá investimentos para o Brasil. “Isso atrai investimentos, investimentos grandes que vão ser coordenados entre a Agência Espacial Brasileira e o Comando da Aeronáutica. Posso dizer o seguinte, temos condições excelentes de ter aqui no Brasil um centro de lançamento extremamente competitivo no mercado mundial”, disse Pontes.
Segundo o ministro, a atuação do Governo Federal ocorre em três fases. A primeira fase dos esforços para impulsionar a base de Alcântara foi a aprovação, no ano passado, do acordo de salvaguardas tecnológicas com os Estados Unidos. O acordo permite que o Brasil lance, comercialmente, objetos espaciais de qualquer país que tenham componente americano.
“Oitenta por cento dos foguetes e satélites do planeta tem algum componente americanos. Sem esse acordo, comercialmente, seria muito difícil decolar o projeto comercial de Alcântara”, explicou o ministro.
Neste ano, ocorre a segunda fase, é a preparação de planos locais para discutir com a comunidade do entorno da base e empresas um plano de negócios para a região. Em 2021, ocorre a fase final. “A partir do ano que vem, entra em ação a execução desse plano e o centro começa literalmente a decolar”, afirmou Marcos Pontes.
O ministro destacou que o Centro Espacial de Alcântara será um impulsionador de desenvolvimento para a região onde está instalado, com a participação da comunidade e empresas locais. “O centro não é sozinho, isolado, tem hotéis, tanta coisa no entorno. Tudo isso vai modificar aquela região”, avaliou.
Chamada Pública
A Agência Espacial Brasileira está com uma chamada pública aberta para empresas nacionais ou estrangeiras interessadas em fazer lançamentos de veículos espaciais não militares a partir do Centro de Lançamento de Alcântara.
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A base de lançamentos de Alcantara tem características únicas como a localização privilegiada e a proximidade do mar, o que possibilita lançamentos em órbitas polares e equatoriais. Além disso, está em região de baixa densidade demográfica, baixo tráfego aéreo e ausência de terremotos e furacões.
De acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, a exploração comercial do cento será fundamental para o desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro e a inserção do país no mercado global, e que segundo levantamento, atualmente, o mercado espacial como um todo movimenta cerca de US$ 360 bilhões por ano.