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ALTO RENDIMENTO
Quatorze dos 17 convocados para representar o Brasil nos Jogos de Inverno de Pequim integram o Bolsa Atleta
Jaqueline Mourão nos Jogos de Pyeongchang, na Coreia do Sul, em 2018. Ela completa em Pequim oito edições de Jogos Olímpicos - Foto: Abelardo Mendes Jr. /rededoesporte.gov.br
O Brasil terá 17 representantes nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Inverno de Pequim 2022. 11 atletas disputarão os Jogos Olímpicos em cinco modalidades entre 4 e 20 de fevereiro. Seis atletas representarão o país em duas modalidades nos Jogos Paralímpicos, que serão entre 4 e 13 de março. No total, 14 atletas integram o programa Bolsa Atleta do Governo Federal.
No grupo dos olímpicos, a maior parte representa o bobsled. A equipe tem Edson Bindillati, Edson Martins, Erick Vianna e Rafael Souza. Jefferson Sabino será o reserva. No esqui cross country foram convocados Manex Silva, no masculino, e Jaqueline Mourão e Bruna Moura, entre as mulheres. A vaga no esqui alpino ficou com Michel Macedo. O time se completa com Sabrina Cass, no esqui estilo livre moguls, e Nicole Silveira, no skeleton.
Já nos Jogos Paralímpicos, Aline Rocha, Cristian Ribera, Guilherme Cruz Rocha, Robelson Moreira Lula e Wesley dos Santos vão disputar a modalidade esqui cross-country. André Barbieri vai competir no snowboard. É a maior delegação nacional em uma edição de Jogos Paralímpicos de Inverno.
Dos 11 olímpicos, nove (81%) integram atualmente o Bolsa Atleta, programa de patrocínio direto da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania. Os nove patrocinados se dividem entre as categorias Pódio (1), Olímpica (6) e Internacional (2). Jefferson Sabino não faz parte atualmente do programa, mas tem no currículo a concessão do Bolsa Atleta em seis editais, todos nos tempos em que competia no atletismo. Entre os paralímpicos, cinco dos seis atletas (83%) fazem parte do programa. Três na categoria pódio, um na Internacional e outro na Nacional.
O investimento do Governo Federal via Bolsa Atleta nos esportes olímpicos e paralímpicos de inverno entre os Jogos de Pyeongchang, na Coreia do Sul, em 2018, e os de Pequim, em 2022, totaliza R$ 4,1 milhões. O valor foi suficiente para conceder 159 bolsas a 92 atletas entre os olímpicos e outras 23 bolsas a 17 atletas entre os paralímpicos. Em um recorte que leva em conta apenas os investimentos nos selecionados para Pequim 2022 ao longo das carreiras dos atletas, o investimento federal acumula R$ 3,1 milhões.
Jaqueline pela oitava vez
Um dos destaques da delegação é a mineira Jaqueline Mourão, de 46 anos. Entre as competições de verão e de inverno, a atleta vai disputar em Pequim a oitava edição de Jogos. Com isso, se isola como a brasileira com mais participações olímpicas na história, à frente do velejador Robert Scheidt, da jogadora de futebol Formiga e do cavaleiro Rodrigo Pessoa, todos com sete.
Em solo chinês, Jaqueline ela terá ainda a oportunidade de escrever mais um capítulo inédito. "Vai ser sensacional fechar o meu ciclo como a única pessoa a estar em Jogos de verão e de inverno realizados na mesma cidade", disse atleta, que também esteve na edição de 2008, disputada em solo chinês, na prova de ciclismo mountain bike.
O mountain bike, aliás, foi a prova da estreia olímpica de Jaqueline, nos Jogos de Atenas, em 2004, na Grécia. Foi também a prova em que ela disputou ano passado os Jogos de Tóquio, no Japão, e terminou na 35ª colocação. As outras quatro participações da atleta foram no esqui cross country e no biatlo, entre as edições de Turim, na Itália (2006), Vancouver, no Canadá (2010), Sochi, na Rússia (2014) e PyeongChang, na Coreia do Sul (2018).
Ao longo da carreira, Jaqueline teve a companhia frequente do Bolsa Atleta do Governo Federal. O nome dela aparece na lista de contemplados em 13 editais do programa, com repasses totais que superam os R$ 465 mil.
"O Bolsa Atleta é de suma importância na minha carreira. Sem ele eu não teria continuado por tanto tempo. É a base, a segurança. Comecei no Bolsa Atleta lá atrás, quando ele iniciou. Como pratico esses dois esportes, principalmente no da neve, o apoio financeiro é pequeno. Praticamente 100% vem do Bolsa Atleta. Eu me sinto reconhecida", afirmou a atleta, que integra a categoria olímpica do programa.
"Além disso, passo bastante tempo no Canadá. Vejo a situação dos atletas de lá. E é legal ver uma ação do Governo Federal Brasileiro dando essa segurança para a gente, uma estrutura que muitos atletas de outros países não têm. A gente tem sorte. Faz uma grande diferença", concluiu.
Aline, pioneira paraolímpica
A paranaense Aline Rocha, de 30 anos, ficou paraplégica após sofrer um acidente automobilístico aos 15 anos. Iniciou a prática no esqui cross-country em janeiro de 2017. No ano seguinte, em 2018, tornou-se a primeira mulher do país a competir em uma edição dos Jogos Paralimpícos de Inverno, em PyeongChang, na Coreia do Sul. Agora, vai repetir a dose em Pequim.
"Estou muito feliz com a oportunidade de representar mais uma vez o meu país nos Jogos de Inverno. Conto com a torcida de todos", disse a atleta, que em 2016 participou dos Jogos Paralimpícos Rio 2016. Ela competiu no atletismo em cadeira de rodas: 1.500 m e maratona. Aline é integrante da categoria Pódio, a principal do Bolsa Atleta.
Entre os principais resultados de Aline estão a 12ª colocação nos 5 km do esqui cross-country nos Jogos de PyeongChang 2018 e a nona colocação nos 1.500m nos Jogos Rio 2016. Ela é tetracampeã da São Silvestre para cadeirantes.
Com informações do Ministério da Cidadania