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Brasil já conquistou oito medalhas nos Jogos de Tóquio
Os bons resultados dos atletas nas Paralimpíadas de Tóquio já garantiram medalhas para o Brasil - Foto: Rede do Esporte
Os bons resultados dos atletas nas Paralimpíadas de Tóquio já garantiram medalhas para o Brasil em oito modalidades. A natação foi destaque no início dos jogos e trouxe para o Brasil a primeira medalha nos Jogos e também o primeiro ouro. Até agora, o país já subiu ao pódio oito vezes e conquistou um ouro, três pratas e quatro bronzes.
Com esse resultado, o país está na 10° colocação no ranking. Apenas um dos atletas medalhistas não é contemplado pelo Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual do Governo Federal. Dos 236 representantes brasileiros nas Paralimpíadas, 226 (95,7%) integram o programa.
Foi o nadador mineiro Gabriel Araújo, que integra o Bolsa Atleta na categoria Pódio, a mais alta do programa, o primeiro brasileiro a subir ao pódio nos Jogos de Tóquio com a prata nos 100m costas, na classe S2. Ele falou sobre a importância do Bolsa Atleta para chegar a uma Paralimpíada. “Precisamos nos dedicar totalmente ao esporte para chegar numa competição desse nível e buscar uma medalha. Então, é primordial porque a gente também precisa viver, comprar material, então, essa bolsa é o principal pra gente poder sobreviver e viver intensamente do esporte”, disse.
Gabriel Bandeira garantiu o primeiro ouro nos 100m borboleta, na classe S14. É a estreia do atleta em jogos paralímpicos.
A natação garantiu ainda o bronze no revezamento 4 x 50m livre misto com os atletas Daniel Dias (Bolsa Pódio), Patrícia Santos (Bolsa Paralímpica), Joana Neves (Bolsa Pódio) e Talisson Glock (Bolsa Pódio).
“Me sinto realizada, com um sonho concretizado. Estar em uma Paralimpíada é o sonho de todo atleta”, disse a medalhista Patrícia Santos.
Daniel Dias levou outros dois bronzes, nos 100m livre e nos 200m livre da classe S5. E Phelipe Rodrigues (Bolsa Pódio), que está na quarta participação em Jogos Paralímpicos, também foi bronze nadando nos 50m livre da classe S10.
O nadador Daniel Dias, maior nome da natação paralímpica brasileira, integra o Bolsa Pódio, e atingiu a marca de 27 medalhas conquistadas em jogos paralímpicos após subir ao pódio três vezes em Tóquio para receber as medalhas de bronze.
“Estamos aqui, somos muito bons, o Brasil é muito bom. Estou muito realizado, muito feliz, encerro a carreira nesses jogos com muita paz, ao lado de amigos”, disse Daniel Dias.
Dos 36 convocados para a seleção brasileira de natação paralímpica em Tóquio, 32 são contemplados pelo Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual do Governo Federal Brasileiro. O investimento nesse grupo, no ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021, foi de R$ 12,9 milhões. Dos 32 bolsistas, 29 integram a categoria Pódio, a principal do programa.
Conheça como é a classificação na natação nos Jogos Paralimpícos
As classes com início de letra S (swimming) podem ter diferentes classificações para o nado peito (SB) e o medley (SM). Para a definição da classe física, o nadador é avaliado por meio de testes motores, de força muscular e mobilidade articular. De 1 a 10, são atletas com limitações físico-motoras, de 11 a 13 para aqueles com deficiência visual e 14 para atletas com deficiência intelectual.
Prata na esgrima e no hipismo
Uma prata veio da esgrima em cadeira de rodas com o gaúcho Jovane Guissone, na espada individual, pela categoria B. Guissone integra a categoria Pódio voltada para quem se qualifica entre os 20 melhores do mundo em sua modalidade.
Na esgrima, os quatro convocados para a seleção brasileira em Tóquio são atualmente contemplados pelo Bolsa Atleta. O investimento direto nesse grupo no ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021, foi de R$ 822,1 mil.
Atleta contemplado pelo Bolsa Pódio, Rodolpho Riskalla garantiu a outra prata brasileira no hipismo de adestramento. O resultado é o melhor do Brasil na história da modalidade em Paralimpíadas. Antes, o Brasil havia alcançado quatro bronzes no hipismo em Paralimpíadas.
O Brasil tem dois atletas no hipismo em Tóquio, Rodolpho Riskalla e Sérgio Oliva, ambos beneficiados pelo Bolsa Pódio. O valor investido nos dois no ciclo Rio – Tóquio (2017 a 2021) soma R$ 721,2 mil. No mesmo período, o valor total investido via Bolsa Atleta no hipismo paralímpico como um todo foi de R$ 1,7 milhão, o que permitiu beneficiar 15 atletas com o pagamento de 43 bolsas.
Investimento Federal
Dos 226 atletas paralímpicos nos Jogos de Tóquio que integram o Bolsa Atleta, da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, a maior parte (57,6%) recebe o Bolsa Pódio. São 136 atletas. Nas outras categorias são: 44 na Paralímpica, 26 na Internacional e 20 na Nacional.
O investimento total é de R$ 117 milhões do Governo Federal via Bolsa Atleta aos 226 esportistas desde 2005. Só no ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio, são R$ 75 milhões depositados diretamente aos integrantes da delegação brasileira
Quadro de Medalhas
Ouro
Gabriel Bandeira – natação, 100m borboleta, na classe S14.
Prata
Gabriel Araújo – natação, 100m costas da classe S2. Recebe o Bolsa Pódio do Governo Federal.
Jovane Guissone – esgrima em cadeira de rodas, na espada individual, pela categoria B. Recebe o Bolsa Pódio do Governo Federal.
Rodolpho Riskalla – hipismo de adestramento. Recebe o Bolsa Pódio do Governo Federal.
Bronze
Daniel Dias – nos 100m livre da classe S5. Recebe o Bolsa Pódio do Governo Federal.
Daniel Dias - nos 200m livre da classe S5.
Phelipe Rodrigues - natação, 50m livre da classe S10. Recebe o Bolsa Pódio do Governo Federal.
Equipe de natação: revezamento 4 x 50m livre misto Atletas participantes: Daniel Dias, Joana Neves, Talisson Glock, que recebem Bolsa Pódio e Patrícia Santos, que tem o Bolsa Atleta na categoria Paralímpica.
Com informações da Rede do Esporte