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Olimpíadas de Tóquio
Brasil estreia com vitória no badminton nas Olimpíadas de Tóquio
primeira vitória do badminton brasileiro em Jogos Olímpicos veio com o carioca Ygor Coelho que venceu Georges Julien Paul, das Ilhas Maurício, por dois sets a zero em partida na tarde desta segunda-feira (26), no horário do Japão. Ele segue na disputa pela medalha olímpica e seu próximo adversário é o japonês Kanta Tsuneyama.
Ygor que foi campeão dos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019 e bi-campeão pan-americano da modalidade tem 24 anos e recebe o Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual do Governo Federal Brasileiro. Ele foi formado e revelado pelo projeto social Miratus, que o pai, Sebastião, fundou na favela carioca da Chacrinha.
Esta é a segunda edição de uma Olimpíada que Ygor participa. “Os Jogos Olímpicos para mim representam esperança, representam um trabalho de quatro anos, escolhas, atitudes que me levaram até aqui. Participei da Rio 2016 e tive a chance de ver meus amigos, minha família e um estádio lotado torcendo por mim”, disse o atleta.
Ygor e Fabiana Silva foram os dois esportistas convocados para disputar as Olimpíadas no badminton e ambos recebem o Bolsa Atleta. No ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021, a modalidade recebeu repasses diretos, via Bolsa Atleta, de R$ 6,6 milhões.
O que é o badminton
O badminton pode ser em duplas ou individual. A partida ocorre em uma quadra repartida por uma rede. Lembra um pouco o tênis. É jogado com raquetes e ao invés de uma bolinha os jogadores têm que rebater uma peteca.
Não se sabe quando o esporte surgiu, mas a forma que se joga hoje teve origem na Índia e tinha o nome de Poona. Ganhou força no século 19 quando oficiais britânicos em missões na Índia gostaram da prática e a levaram para Europa. Por volta de 1870, já na Inglaterra, foi rebatizado como badminton, após ser praticado em Badminton, de propriedade do Duque de Beaufort's, em Gloucestershire.
O esporte começou a ser disputado nas Olimpíadas em 1992, em Barcelona. No Brasil, a prática do badminton tornou-se competitiva a partir de 1983, quando foi disputada a primeira edição da Taça São Paulo. A estreia do país em uma Olimpíada foi em 2016, no Rio de Janeiro.
Uma curiosidade: o badminton é o esporte de raquetes mais rápido do planeta. Enquanto no tênis o saque mais veloz já registrado atingiu 263km/h, no badminton a velocidade da peteca em um jogo profissional pode ultrapassar os 300km/h.
Bolsa Atleta
Nos Jogos de Tóquio, a delegação nacional conta com 302 atletas, inscritos para a disputa de 35 modalidades. Desse total, 242 (80%) são integrantes do Bolsa Atleta.
“O Governo Federal tem sido o maior apoiador da presença dos atletas brasileiros nas Olimpíadas. Nesse último ciclo olímpico, o investimento do Governo Federal foi de mais de R$ 750 milhões, incluindo programas de apoio como o Bolsa Atleta e o Bolsa Pódio”, ressaltou o ministro da Cidadania, João Roma. Nesse valor, estão abrigados o tripé formado pela Lei das Loterias, Bolsa Atleta e Lei de Incentivo ao Esporte.
Para o Bolsa Atleta, considerado um dos maiores programas do mundo de patrocínio individual, o Ministério da Cidadania assegurou, para 2021, um orçamento de R$ 145,2 milhões. Somente pelo edital lançado em janeiro deste ano, o ministério apoia 7.197 atletas olímpicos e paralímpicos, a maior quantidade de beneficiados da história do programa. Somam-se a eles outros 334 atletas apoiados pela categoria Pódio, num repasse da ordem de R$ 36,7 milhões no ano.
Medalhas
O incentivo vem mostrando sua importância nos resultados. Das três medalhas conquistadas pelo Brasil até agora, duas são de atletas que recebem o Bolsa Atleta.
O skatista Kelvin Hoefler conquistou a primeira medalha do Brasil em Tóquio, ao levar a prata na categoria street. O paulista de Itanhaém recebe o Bolsa Atleta na categoria Pódio.
O skate foi integrado ao Bolsa Atleta a partir da inclusão da modalidade nas Olimpíadas e recebeu R$ 3,2 milhões para o ciclo. Com os recursos, foram concedidas 65 bolsas para atletas da modalidade.
A segunda medalha, de bronze, foi conquistada pelo judoca Daniel Cargnin. O gaúcho de 23 anos é atleta do Programa de Alto Rendimento das Forças Armadas, da Marinha do Brasil, e também recebe o Bolsa Atleta na categoria Pódio.
O judô é o esporte individual que mais rendeu medalhas ao Brasil na história dos Jogos Olímpicos. São 23, com quatro de ouro. Para Tóquio, a delegação brasileira conta com 13 atletas, sendo que 11 fazem parte do Bolsa Atleta. No ciclo Rio–Tóquio, o judô brasileiro recebeu investimento direto, via Bolsa Atleta, de R$ 16,2 milhões para concessão de 1.056 bolsas para praticantes do esporte.
A terceira medalha do Brasil, também no skate, foi trazida pela maranhense Jhulia Rayssa Mendes Leal - Rayssa Leal, a Fadinha - de apenas 13 anos. Ela ganhou a prata na categoria street nesta segunda-feira (26). Rayssa tornou-se a brasileira mais jovem a receber uma medalha olímpica. É tão nova que não atende, ainda, os requisitos do Bolsa Atleta, que exige idade mínima de 14 anos para os patrocínios.
Com informações do Ministério da Cidadania