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Atletas com Bolsa Pódio conquistam medalha de ouro e bronze nos Jogos
- Foto: Rodolfo Vilela/rededoesporte.gov.br
Uma madrugada de emoções trouxe ao país duas novas medalhas. Uma de bronze, na natação e a primeira de ouro no surfe. Com isso, o país alcançou cinco medalhas, até agora, nos Jogos Olímpicos.
A primeira medalhada de ouro do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio foi conquistada pelo surfista Ítalo Ferreira, nesta terça-feira (27). O atleta recebe o Bolsa Pódio, a principal categoria do Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual do Governo Federal. Ítalo Ferreira entra para a história como primeiro campeão olímpico do surfe já que a modalidade estreou nessa edição dos jogos olímpicos.
“Competição é sempre um desafio, a gente vai entrar e fazer o melhor, mas no meio do caminho tem diversas barreiras, a gente tem que superar e acreditar até o final”, disse o surfista Ítalo Ferreira sobre a conquista.
O campeão disse esperar que a medalha de ouro inspire outros jovens brasileiros. “Espero que sirva de inspiração para todos que têm sonhos, que vem de baixo, e que acreditem até o final, que foi o que fiz, e aproveitar todas as oportunidades da vida”, afirmou. Ítalo tem 27 anos e é o atual campeão mundial. Ele veio de Baía de Formosa, no Rio Grande do Norte.
Com a inclusão do surfe no programa dos Jogos, a modalidade passou a integrar o Bolsa Atleta. Nesse ciclo, o investimento direto na modalidade foi de R$ 1,4 milhão, valor suficiente para a concessão de 56 bolsas para praticantes do surfe.
A Bolsa Pódio prevê repasses de R$ 5 mil a R$ 15 mil para os atletas que se colocam entre os 20 melhores do mundo e comprovam resultados internacionais consistentes.
Bronze na natação
Na natação, o atleta militar Fernando Scheffer, terceiro-sargento do Exército, também garantiu uma medalha para o Brasil e trouxe a natação de volta ao pódio olímpico. O gaúcho de 23 anos levou o bronze nos 200 metros livre.
O nadador é mais um medalhista que tem o Bolsa Pódio e desde 2018 integra o Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR), do Ministério da Defesa. A medalha de bronze dele é a primeira que o Brasil conquista na natação desde os Jogos de Londres, em 2012. E a primeira na prova desde a prata com Gustavo Borges, em Atlanta, em 1996.
A estreia do Brasil na natação em Jogos Olímpicos ocorreu em 1920, na Antuérpia. Mas foi apenas na edição de Helsinque, na Finlândia, em 1952, que Tetsuo Okamoto inaugurou a história de medalhas conquistadas por brasileiros, com um bronze nos 1.500m livre. No total, a modalidade já rendeu 13 pódios ao país, sendo uma medalha de ouro, quatro de prata e oito de bronze.
No ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021, a natação recebeu investimento do Bolsa Atleta, de R$ 23,7 milhões, utilizados para a concessão de 1.189 bolsas. Dos 26 nadadores em Tóquio, 25 estão atualmente ligados ao programa de patrocínio individual do Governo Federal.
Forças Armadas no apoio ao esporte
O PAAR foi criado em 2008 com o objetivo de fortalecer a equipe militar brasileira em eventos esportivos de alto nível. Atualmente, é integrado por 551 militares atletas em 30 modalidades. Desse total, 92 embarcaram para Tóquio. Com esse número, a equipe brasileira que disputa medalhas tem mais de 30% de atletas militares. São 44 da Marinha, 26 do Exército e 22 da Aeronáutica.
Os atletas militares contam com os benefícios da carreira militar como soldo, assistência médica, acompanhamento nutricional e de fisioterapeuta. Além de estruturas esportivas adequadas para treinamento em organizações militares.
Investimentos
O Governo Federal é o maior patrocinador do esporte olímpico e paralímpico no país, com um investimento anual superior a R$ 750 milhões. Nesse valor estão abrigados o tripé que hoje representa a maior fonte de investimento do esporte brasileiro, formado pela Lei das Loterias, Bolsa Atleta e Lei de Incentivo ao Esporte.
Para o Bolsa Atleta, considerado um dos maiores programas do mundo de patrocínio individual, o Ministério da Cidadania assegurou, para 2021, um orçamento de R$ 145,2 milhões.
Medalhas
As outras três medalhas de atletas brasileiros são no skate e judô.
Kelvin Hoefler - o skatista conquistou a primeira medalha do Brasil em Tóquio, ao levar a prata na categoria street. O paulista de Itanhaém recebe o Bolsa Atleta na categoria Pódio, destinada aos que se posicionam entre os 20 melhores do mundo em sua modalidade.
O skate foi integrado ao Bolsa Atleta a partir da inclusão da modalidade nas Olimpíadas e recebeu R$ 3,2 milhões para o ciclo. Com os recursos, foram concedidas 65 bolsas para atletas da modalidade.
Daniel Cargnin - a segunda medalha, de bronze, foi conquistada pelo judoca gaúcho de 23 anos na categoria peso meio-leve, até 66 kg. O 3º Sargento da Marinha Daniel Cargnin é o primeiro militar atleta a subir no pódio nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão. Ele integra o Programa de Alto Rendimento das Forças Armadas e também recebe o Bolsa Atleta na categoria Pódio.
O judô é o esporte individual que mais rendeu medalhas ao Brasil na história dos Jogos Olímpicos. São 23, com quatro de ouro, três de prata e 16 de bronze. Para Tóquio, a delegação brasileira conta com 13 esportistas, sendo que 11 fazem parte do Bolsa Atleta. No ciclo Rio–Tóquio, o judô brasileiro recebeu investimento direto, via Bolsa Atleta, de R$ 16,2 milhões para concessão de 1.056 bolsas para praticantes do esporte.
Rayssa Mendes Leal - Rayssa Leal, a Fadinha, conquistou a medalha de prata, também no skate, na categoria street. A maranhense de apenas 13 anos tornou-se a brasileira mais jovem a receber uma medalha olímpica. É tão nova que não atende, ainda, os requisitos do Bolsa Atleta, que exige idade mínima de 14 anos para os patrocínios.
Com informações do Ministério da Cidadania