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Secretário Especial de Saúde Indígena destaca as ações de prevenção e combate ao novo coronavírus
Secretário Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Robson Santos da Silva - Foto: Planalto
Em entrevista exclusiva ao Planalto, o secretário especial de Saúde Indígena, Robson Santos da Silva, destacou as ações de prevenção e combate ao novo coronavírus. Ele destacou que o Governo do Brasil tem garantido assistência aos mais de 750 mil indígenas brasileiros aldeados durante a pandemia da Covid-19.
"A Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) conta hoje com 14,2 mil profissionais integrando 800 Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena. Desde o inicio da pandemia foram realizadas ações de informação, prevenção e combate ao coronavírus, orientando comunidades indígenas, gestores e colaboradores em todo o Brasil", destacou.
O Ministério da Saúde investiu cerca de R$ 70 milhões em ações específicas de proteção aos indígenas para enfrentamento da Covid-19 e tem desenvolvido estratégias para aprimorar o atendimento. Além disso, foram enviados aos 34 Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) mais de 29 mil testes rápidos para testagem dos profissionais que vão entrar nas terras indígenas, equipamentos de proteção individual, insumos em saúde e medicamentos, máscaras, álcool gel e luvas.
O secretário ainda ressaltou que a Sesai desde antes do decreto da pandemia, ainda em janeiro, foram elaborados documentos técnicos para orientar povos indígenas, gestores e colaboradores sobre medidas de prevenção e de primeiros atendimentos à infecção pelo coronavírus.
Dados sobre saúde indígena e ações para os indígenas podem ser encontradas em: saúde.gov.br/saúde-indigena e http://saudeindigena.saude.gov.br
Ampliação do atendimento
O secretário falou que uma medida importante foi o reforço de profissionais de saúde. Mais de 800 equipes de saúde multidisciplinares com profissionais como médicos e enfermeiros estão atuando junto a população indígena. São cerca de 15 mil profissionais. Também foi elaborado um plano de contingência nacional que detalha como as equipes de saúde devem agir conforme cada caso.
“Uma série de medidas foram tomadas. Nós interiorizamos o tratamento. Essa interiorização se deu com o tratamento precoce, oxigênio, mais medicamentos que não estão na nossa cadeia normal, mas que podem amenizar o problema. Também viabilizamos a contratação de equipes de resposta rápida, além do efetivo normal”, disse.
As 34 equipes de resposta rápida formadas por profissionais de saúde ficam disponíveis 24 horas nos DSEI, reforçando o trabalho das equipes multidisciplinares que atuam normalmente nas aldeias. Além disso, a Sesai capacitou indígenas e seus profissionais.
Também foi antecipada a campanha de vacinação contra a gripe e abertas Unidades de Atenção Primária em Saúde em DSEI.
Alas hospitalares indígenas
Robson Santos destacou a importância da abertura de alas indígenas em hospitais de Manaus (AM), Macapá (AP) e em cidades do Pará. Ele explicou que o atendimento específico, em articulação com os estados e municípios, faz a diferença para o tratamento.
“Há que se entender que os hábitos alimentares são diferentes, (...) muitos não sabem falar a língua portuguesa, não sabem expressar se estão sentido dor, fome, sede, não sabem expressar quais sintomas estão sentindo. Então, o objetivo foi abrir um espaço para que essas pessoas possam ser tratadas”, explicou.