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RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Brasil e Tailândia assinam memorando de entendimento para cooperação agrícola
O memorando tem o objetivo de estreitar o intercâmbio de tecnologia e informação no setor. - Foto: Mapa
O Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), firmou um memorando de entendimento em cooperação agrícola com o Ministério da Agricultura e Cooperativas da Tailândia, com o objetivo de estreitar o intercâmbio de tecnologia e informação no setor.
A área da atuação de cooperação envolve a agricultura brasileira e tailandesa, incluindo animais, aquáticos, vegetais, solo, gestão dos recursos hídricos e cooperativas. Inclui também o desenvolvimento de cooperativas agrícolas e de instituições de agricultores, além de gestão e conservação da biodiversidade agrícola. Outra atividade prevista no documento inclui o manejo integrado de pragas e engenharia ecológica. O memorando relaciona ainda a energia alternativa, incluindo processo e gerenciamento de produção.
O memorando foi assinado na última quarta-feira (16/03) pelo ministro da Agricultura e Cooperativas da Tailândia, Chalermchai Sreeon, na presença do embaixador do Brasil em Bancoque, José Borges dos Santos Júnior, em Bancoque. A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, assinou o memorando no dia 11 de março.
Formas de cooperação
A cooperação será realizada prevendo o intercâmbio de informações, de técnicos e pesquisadores; treinamento, cursos, seminários, elaboração de projetos de assistência técnica, visitas de estudo e outros assuntos de mútuo interesse.
Outras formas de cooperação para promover o desenvolvimento no campo da agricultura dos dois países se darão pelo intercâmbio de conhecimentos no campo da agricultura e agronegócios, conforme acordado pelos participantes no que se refere a troca de conhecimento e transferência tecnológica.
Um Grupo de Trabalho Agrícola Conjunto (GTAC) será formado para implementar as disposições deste acordo e se reunirá a cada 2 anos, alternadamente, na Tailândia e no Brasil. O Plano de Trabalho será elaborado, conjuntamente, a partir da 1ª reunião do GTAC.
O memorando de entendimento permanecerá em vigor por um período inicial de cinco anos e será prorrogado por períodos adicionais de cinco anos.
Relações bilaterais
Atualmente, a Tailândia é o maior importador de produtos do agronegócio brasileiro do Sudeste Asiático. Isto representa para o Brasil, uma participação no comércio tailandês de 2,09%, e coloca a Tailândia entre os cinco maiores importadores de produtos do agronegócio brasileiro no ano de 2021. (Dados do AgroStat – 2021)
O complexo soja continua sendo o produto do agronegócio brasileiro mais exportado para o mercado tailandês. Em 2021, as exportações do complexo soja resultaram num montante de US$ 2,516,771,150, o que representou um aumento de 28% em relação ao ano anterior. Em seguida, destacou-se a exportação de couro, que alcançou US$ 41,175,873, um aumento de quase 23% em comparação com o ano de 2020.
Em terceiro lugar na pauta exportadora brasileira, vem os produtos florestais com um aumento de mais de 26% em relação ao ano anterior, totalizando US$ 39,790,221. Seguido pela exportação de carne bovina que deu um salto de 58% em 2021, totalizando US$ 34,015,788.
Também foi observado aumento no volume de exportações de outros produtos do agronegócio brasileiro como cereais, produtos oleaginosos, cacau, produtos do complexo sucroalcooleiro e bebidas.
Já a Tailândia destaca-se como um importante exportador de alimentos, em especial, arroz, borracha natural, frango, açúcar, atum processado, farinha de tapioca e camarão. Como membro da Association of Southeast Asian Nations (ASEAN), o país vem reforçando suas parcerias comerciais por meio dos acordos de livre comércio já firmados com diversos países da Ásia, bem como da Oceania, considerados estratégicos para o comércio de seus produtos agrícolas.
Em 2021, o Brasil importou US$ 217,853,574 em produtos do agronegócio tailandês, com destaque para borracha natural, que representou 80% das importações, seguidos de arroz, óleos e extratos vegetais, sementes e pet food.
Com informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento