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Os superpoderes do afeto e da educação
O menino da nossa história nasceu em 1965, na cidade de Belo Horizonte, em uma família muito humilde, sendo o mais novo de 10 filhos. O nome dele é Roberto Carlos Ramos.
Roberto viveu com sua família até os seis anos de idade, quando, passando muitas necessidades, foi separado de seus irmãos. Sua mãe o entregou para a Fundação para o Bem-estar do Menor (FEBEM).
O menino viveu na instituição dos 6 aos 13 anos, e de lá fugiu 132 vezes, sendo considerado irrecuperável. Aos 13 anos ele foi adotado por uma francesa que se negou a acreditar que uma criança pudesse ser um caso perdido.
O afeto, o voto de confiança e a dedicação de sua mãe adotiva, Marguerit Duvas, transformou o futuro de Roberto. Com ela, ele aprendeu a ler e escrever, a falar francês e, principalmente, a ser amado e a amar.
Roberto cursou pedagogia na Universidade Federal de Minas Gerais e retornou à Febem como estagiário. Lá ele adotou o primeiro filho das 13 adoções que realizou ao longo de sua vida.
Roberto Carlos Ramos é chamado de Embaixador do País das Maravilhas e já recebeu diversos prêmios, inclusive o prêmio “The Ten Best”, em Seatle (EUA), como um dos dez melhores contadores de história da atualidade.
Sempre com um sorriso no rosto, ele é narrador e personagem principal de uma história que precisa ser ouvida: a necessidade de investirmos e confiarmos em nossas crianças e adolescentes. Muitas crianças aguardam uma chance de ressignificar suas vidas. São vários os caminhos para uma vida feliz, livre e cidadã, mas todos eles passam pelo amor e pela educação.
Em 2009, o diretor Luiz Villaça levou para as telas do cinema a história de Roberto no filme "O Contador de Histórias".
Fontes: Rebrinc, BBC, Rede Brasil Atual