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RESPONSABILIDADE SOCIAL
PRF reúne especialistas para debater equidade de gênero e políticas sociais
A equidade de gênero é um princípio fundamental que busca garantir que homens e mulheres tenham os mesmos direitos sociais, oportunidades e tratamento. No entanto, apesar de avanços significativos nas últimas décadas, ainda existem desafios complexos para que a equidade de gênero na sociedade aconteça de maneira natural.
Com o objetivo de provocar reflexão, a Superintendência da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Santa Catarina realizou, na tarde desta quarta-feira (13), em Florianópolis (SC), uma mesa redonda com especialistas para analisarem o tema. O evento Adoro flores, mas prefiro respeito está inserido no calendário estratégico da PRF no estado, e reuniu a vereadora pelo município de Florianópolis Carla Ayres, a psicóloga e professora Drª Luciane Raupp, e a PRF e especialista em Direitos Humanos Letícia Paiva.
Presidente da Comissão de Direitos Humanos da PRF em SC, Letícia Paiva, destacou que só existe construção quando há troca. E que somente se alcança o convencimento quando se oferece conhecimento. “É preciso enxergar sob a perspectiva do sofrimento do outro”, defendeu Letícia.
Luciane Raupp, doutora em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo, apontou a necessidade de mudanças na cultura do dia a dia. “O problema do super atarefamento das mulheres, por exemplo, precisa ser discutido. Existe alguma lógica que fez com que isso tenha sido naturalizado”, explicou Luciane. “Mulheres estão sujeitas a uma série de microviolências cotidianas, que provocam marcas físicas e mentais. Acumuladas, essas agressões causam adoecimento e transtornos de ansiedade generalizada, que costumam começar por volta dos 45 anos.”
A vereadora Carla Ayres, que é doutora em Sociologia Política pela Universidade Federal de Santa Catarina, parabenizou a PRF por promover o debate sobre a questão de gênero, com convocação de todo o efetivo da Sede em Florianópolis. “Muitos ainda pensam que superar a misoginia é um desafio somente para as mulheres, assim como se o preconceito racial precisasse ser enfrentado somente por negros”, pontuou Carla.
Ao final da mesa redonda, o superintendente da PRF em SC, Manoel Fernandes, concluiu que o debate provocou reflexão em todos, mas com maior ênfase nos homens. “A presença de mulheres em cargos de liderança ainda é menor em comparação com a de homens por conta de fatores como preconceitos e estereótipos. Educação, conscientização e promoção de políticas inclusivas são essenciais para criar um ambiente onde homens e mulheres tenham as mesmas oportunidades.”