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Base de Operações Aéreas da PRF é destaque nos céus do Rio de Janeiro
Desde o início de junho, as equipes de solo da Polícia Rodoviária Federal contam com o apoio da aeronave Bell 407, que está sendo utilizada no monitoramento das rodovias e no acompanhamento das escoltas, durante o principal torneio de futebol masculino entre seleções da América do Sul.
Entretanto não é de hoje que o apoio aéreo da PRF é imprescindível aos policiais no Rio de Janeiro. Com uma equipe composta por comandante, co-piloto e operador, esses policiais são habilitados e capacitados para oferecer uma condução segura das operações, desempenhando diversas atividades a bordo e em solo. A cada 6 meses os operadores de aeronave passam por reciclagens operacionais como tiro embarcado e resgate aquático.
Para decolar do hangar no Rio de Janeiro, a aeronave já deve ter uma missão definida. A autonomia de voo é cerca de 3 horas e meia, mas para operações mais longas a PRF possui um caminhão-tanque, que pode levar o combustível para algum local de pouso próximo ao local onde estão ocorrendo os sobrevoos.
A aeronave pode ser empregada nas mais diversas funções inerentes a PRF, desde ações de fiscalização e patrulhamento até enfrentamento a criminalidade e resgate de vítimas. Nas últimas semanas os moradores de Niterói e São Gonçalo tiveram visitas quase diária do helicóptero da PRF.
A atuação da polícia ostensiva deve ser pautada não apenas quando o crime já está ocorrendo, mas também para evitar que ele sequer ocorra. Sendo assim, quando presta o serviço de policiamento aéreo, o helicóptero realiza varreduras na rodovia, com altitude mais baixa, na intenção de diminuir a atuação de criminosos. Um estudo feito pelo grupamento águia (GRAER) da PM de SP revelou que a aeronave é capaz de cobrir uma área equivalente a cobertura realizada por 15 viaturas. A aeronave também pode fazer controle de fluxo e tráfego, através de fiscalização de trânsito com autuações de infratores.
Outros serviços que podem ser prestados pela Base de Operações Aéreas e a busca de indivíduos e veículos em fuga, apoio de fogo em áreas conflagradas e translado de tropas, já que a aeronave é capaz de proporcionar não só eficiência no deslocamento, mas também a rapidez as vezes necessária dependendo da natureza da ocorrência.
Os operadores também são treinados para eventuais resgates. No caso do salvamento aquático, é feito o lançamento de 1 ou 2 operadores na água. Os policiais realizam a estabilização da vítima através do equipamento “lifebelt” e o helicóptero realizar o içamento do tripulante e da vítima pelo até um local seguro. No caso de resgate em montanha ou árvores, o tripulante pode descer até a vítima utilizando a técnica de rapel.
O helicóptero também pode ser adaptado para o transporte aeromédico, possibilitando um atendimento mais eficiente e aumentando as chances de sucesso dos primeiros socorros. O serviço aeromédico depende de convênio, já que deve ter um médico e um enfermeiro a bordo, além de equipamentos para socorro a vítima, como oxigênio e desfibrilador.
O helicóptero é reconfigurado para que caiba uma maca em seu interior e passa a operar apenas com um piloto e um operador. A PRF também presta o serviço de misericórdia, onde pode ocorrer o translado de uma vítima de um hospital para outro hospital especializado no trauma. Esse tipo de serviço normalmente é prestado quando a viagem por meio terrestre pode causar danos e os prejuízos de manter a vítima no primeiro hospital são maiores que os que o translado pode causar.
E o que já é bom vai ficar excepcional. Está previsto a chegada de 7 aeronaves do tipo “koala” até janeiro de 2022. O helicóptero virá equipado com farol de busca extremamente potente, chamado “night sun”, além do sistema de imagiador térmico, com o qual será possível visualizar placas de automóveis e até rostos de transeuntes.
A 47ª edição da Copa América, a principal competição de futebol entre as seleções nacionais da América do Sul, é organizada pela Confederação Sulamericana de Futebol (CONMEBOL). A edição deste ano teve início em 13 de junho, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. O torneio terá suas partidas distribuídas entre as cidades de Brasília, Cuiabá, Goiânia e Rio de Janeiro. Esta edição contará com a participação de dez seleções: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.