Operação combate fraudes em Alagoas e São Paulo

A Força-Tarefa Previdenciária deflagrou, na manhã desta terça-feira (19), a operação Reatividade, com o objetivo de combater fraudes relacionadas a reativação e concessão de benefícios previdenciários em Penedo (AL) e São Paulo (SP). Durante a ação, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão nos dois municípios investigados.

As fraudes foram identificadas no final de 2022, a partir de informações repassadas pelo INSS à Coordenação de Inteligência da Previdência Social (COINP) do Ministério da Previdência Social, que apontavam suspeitas de instalação indevida de equipamentos - popularmente conhecidos como chupa-cabras - em Agência da Previdência Social na cidade de Penedo (AL). Esses equipamentos possibilitaram o acesso aos sistemas corporativos e a captura de informações na rede da agência, possibilitando a realização de diversas fraudes em benefícios previdenciários, como a reativação do pagamento de benefícios já cancelados ou extintos e a concessão de novos benefícios.

De acordo com a investigação, uma pessoa teve o acesso ao interior da agência, facilitado por um vigilante terceirizado, e foi responsável pela instalação do equipamento.

O INSS constatou que 2.459 benefícios foram reativados a partir do acesso indevido proporcionado pelo equipamento instalado na agência de Penedo. Essas reativações fraudulentas iriam gerar um prejuízo em torno de R$ 105,2 milhões em pagamentos, mas o INSS conseguiu impedir o recebimento de cerca de R$ 102,6 milhões, de forma que o prejuízo efetivo identificado na investigação chegou a, aproximadamente, R$ 2,6 milhões.

A operação recebeu o nome de Reatividade em alusão às reativações fraudulentas de benefícios previdenciários que foram o principal objeto da ação fraudulenta contra o INSS.

Há 23 anos, a Força-Tarefa Previdenciária é integrada pelo Ministério da Previdência Social e pela Polícia Federal, que atuam em conjunto no combate a crimes estruturados contra o sistema previdenciário. No Ministério da Previdência Social, cabe à Coordenação de Inteligência da Previdência Social detectar e analisar os indícios de crimes e fraudes organizadas.