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Força-tarefa
Servidora do INSS e ex-estagiária são alvos de operação em SP
Uma servidora do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e uma ex-estagiária foram alvos, nesta segunda-feira (21), da operação Cegonha da Força-Tarefa Previdenciária e Trabalhista em São Paulo. Ao menos 40 benefícios de salário-maternidade foram fraudados com participação da dupla. O prejuízo estimado é de R$ 1 milhão, valores atrelados à conta corrente da servidora e da ex-estagiária. Ao todo, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão nas residências das envolvidas, bem como na agência onde ambas estavam lotadas.
As investigações tiveram início por meio de levantamentos feitos pela Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista (CGINT) do Ministério do Trabalho e Previdência (MTP). As análises demonstraram que a servidora entrava no sistema de concessão de benefícios e requeria para si própria, praticamente mensalmente, um salário-maternidade a partir da criação de dependentes fictícios, bem como, inserção de contribuições fictícias com valores próximos ao teto.
Os benefícios eram concedidos retroativamente, ou seja, como se a suposta criança tivesse nascido há mais de 120 dias, gerando um único pagamento (referente aos 4 pagamentos mensais que o benefício gera), indicando sua própria conta corrente como beneficiária. Depois das concessões dos benefícios fraudados e dos respectivos pagamentos, para ocultar as irregularidades, a servidora procedia a alteração das titularidades para terceiros, bem como a diminuição dos valores das rendas mensais iniciais.
As investigadas serão indiciadas por corrupção e inserção de dados falsos em sistema governamental. A operação recebeu o nome de Cegonha em alusão ao mito popular do pássaro que leva os filhos no bico até a mãe.
A Força-Tarefa Previdenciária e Trabalhista é integrada pelo Ministério do Trabalho e Previdência, pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal, que atuam em conjunto no combate a crimes contra os sistemas previdenciário e trabalhista. No Ministério do Trabalho e Previdência, cabe à Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista investigar e analisar os indícios de crimes e fraudes organizadas.