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Força-tarefa
Operação prende 24 pessoas nos estados da Bahia e Pernambuco
A Força-Tarefa Previdenciária desarticulou organização criminosa especializada na criação de pessoas fictícias para a obtenção indevida de Benefícios de Prestação Continuada (BPC/LOAS). A Operação Errantes aconteceu na manhã desta quarta-feira (16) nas cidades de Filadélfia (BA), Petrolina e Tabira (PE) e prendeu preventivamente 24 pessoas. Também foram cumpridos 32 mandados de busca nas três cidades.
De acordo com as investigações, que tiveram a colaboração da Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista (CGINT) do Ministério do Trabalho e Previdência (MTP) e do INSS, o grupo aliciava idosos, fornecia documentos e instrução de processos administrativos de concessão dos benefícios falsificados. Uma idosa, integrante do grupo, utilizou 31 documentos falsos para receber 31 benefícios assistenciais.
Até o momento, foram identificados 420 benefícios concedidos com base nesses documentos falsos - prejuízo de cerca de R$ 60 milhões, em valores já sacados. Com a operação desta quarta, levando-se em conta os valores que continuariam sendo pagos aos beneficiários, a economia projetada para os cofres públicos é de aproximadamente R$ 100 milhões.
Segundo a Polícia Federal, o dinheiro obtido nas fraudes foi “lavado” de diversas formas, como com agiotagem, movimentação em contas bancárias de terceiros, aquisição de bens em nome de "laranjas" e uso em atividades econômicas, como agronegócio, aluguel, venda e permuta de bens móveis e imóveis.
Participaram das buscas 150 policiais federais e oito servidores do MTP. A operação leva o nome de "Errantes" em uma alusão às pessoas que não têm residência fixa, que vivem como nômades.
Os envolvidos estão sendo investigados por suposta prática dos crimes de estelionato majorado, uso de documento falso, falsidade ideológica, “agiotagem” e lavagem de capitais. Se forem condenados, as penas podem chegar a 28 anos de prisão.
A Força-Tarefa Previdenciária e Trabalhista é integrada pelo Ministério do Trabalho e Previdência, pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal, que atuam em conjunto no combate a crimes contra os sistemas previdenciário e trabalhista. No Ministério do Trabalho e Previdência, cabe à Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista investigar e analisar os indícios de crimes e fraudes organizadas.