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FORÇA-TAREFA
Operação descobre esquema de lavagem de dinheiro com benefícios previdenciários no Ceará
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (30/11), a Operação Frenesi 2, com objetivo de combater um esquema de lavagem de dinheiro decorrente de crimes previdenciários, envolvendo servidor do INSS e empresário. Durante a ação, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão expedidos pela 32ª Vara da Justiça Federal, em domicílios de Fortaleza e Jaguaribe, ambos no estado do Ceará. Foi determinado, ainda, o sequestro de valores equivalentes ao aporte financeiro feito pelo servidor do INSS na empresa utilizada para a lavagem de dinheiro.
As investigações tiveram início em 2020, quando foram levantados indícios de que uma empresa recebeu aportes financeiros do servidor público do INSS, decorrentes de crimes anteriores relacionados a fraudes em centenas de benefícios previdenciários identificados na Operação Frenesi 1.
Constatou-se que o servidor do INSS constituiu empresa em sociedade com particular, com vistas à ocultação e dissimulação de valores e percepção de lucros a partir dos recursos desviados dos cofres do INSS, na tentativa de convertê-los em ativos lícitos. Com isso, foi identificada incompatibilidade financeira dos rendimentos de servidor público com os investimentos efetuados na empresa.
Durante a Operação Frenesi 1, deflagrada em junho de 2019, foram cumpridos 19 mandados judiciais, sendo 16 de busca e apreensão, duas prisões preventivas e uma prisão temporária. À época estimou-se um prejuízo de R$ 15 milhões. No entanto, a desarticulação da organização criminosa proporcionou uma economia potencial de pelo menos R$ 155 milhões de reais.
As investigações continuam com a análise do material apreendido na operação policial. Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelo crime de lavagem de dinheiro, com penas de 03 a 10 anos de reclusão.
A Força-Tarefa Previdenciária e Trabalhista é integrada pelo Ministério do Trabalho e Previdência, pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal, que atuam em conjunto no combate a crimes contra os sistemas previdenciário e trabalhista. No Ministério do Trabalho e Previdência, cabe à Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista investigar e analisar os indícios de crimes e fraudes organizadas.