Organização criminosa é alvo de operação em Sergipe

Operação Impostores cumpriu, na manhã desta sexta-feira (17), quatro mandados de busca e apreensão no município de Japoatã, em Sergipe. A ação tem o objetivo de combater uma organização criminosa especializada em fraudar Benefícios Assistenciais de Amparo Social ao Idoso (BPC/LOAS). Além dos mandados, a Justiça Federal determinou o bloqueio dos pagamentos e suspensão dos benefícios que continuam ativos, a indisponibilidade de bens móveis e o bloqueio dos saldos nas contas e aplicações financeiras e quaisquer outros ativos pertencentes aos investigados.

As buscas foram fundamentadas em investigações realizadas pela Polícia Federal, em cooperação com a Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista (CGINT) do Ministério do Trabalho e Previdência (MTP). Os levantamentos e análises realizados evidenciaram que o grupo criminoso obtinha indevidamente benefícios para pessoas fictícias, criadas com documentação falsa.

Segundo a CGINT, o prejuízo apurado até o momento atingiu a cifra aproximada de R$ 16 milhões. No entanto, a desarticulação do esquema criminoso proporcionará uma economia estimada em pelo menos R$ 27 milhões, em valores futuros que continuariam a ser indevidamente pagos aos supostos beneficiários, considerando-se a expectativa de sobrevida dos titulares dos benefícios, a partir das Tabelas de Mortalidade do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em vigor.

Os envolvidos responderão pelos crimes de falsificação de documentos, uso de documento falso e estelionato majorado.

A operação, da Força-Tarefa Previdenciária e Trabalhista, recebeu o nome de Impostores pelo fato de tratar-se de beneficiários fictícios, criados com a utilização de documentos falsos.

A Força-Tarefa Previdenciária e Trabalhista é integrada pelo Ministério do Trabalho e Previdência, pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal, que atuam em conjunto no combate a crimes contra os sistemas previdenciário e trabalhista. No Ministério do Trabalho e Previdência, cabe à Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista investigar e analisar os indícios de crimes e fraudes organizadas.