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Relatório Anual
Previdência Complementar Fechada cresceu 8% acima da inflação em 2023, diz PREVIC
A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC) publicou, dia 21/5, o Relatório 2023 da Previdência Complementar Fechada, com os números consolidados para o exercício. O documento está mais analítico, conciso e com informações adicionais. O objetivo é contribuir com subsídios nas ações de planejamento para o futuro do setor, que apresentou rentabilidade compatível com as metas de retorno estipuladas, resultando em superávit ao final do período.
O Regime de Previdência Complementar Fechado (RPCF) possuía, ao fim de 2023, R$ 1,28 trilhão em ativos totais – aproximadamente 12% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. A rentabilidade anual média do setor alcançou quase 13%, frente à inflação de 4,62% (IPC-A). O resultado caracteriza retorno real em torno de 8% ao ano e representou acréscimo patrimonial de R$ 95 bilhões, em relação ao ano anterior.
A comparação dos dados individualizados dos planos de benefícios, especificamente daqueles que legalmente apuram resultado atuarial, mostra que 385 planos superaram as metas em R$ 38,4 bilhões. Situação diferente foi verificada em 184 planos que ficaram abaixo das metas em R$ 24,1 bilhões. A diferença mostra um superávit geral de R$ 14,3 bilhões.
Em 2023, o Regime de Previdência Complementar Fechado pagou R$ 104 bilhões em benefícios, a aproximadamente um milhão de assistidos ou dependentes.
Além disso, o sistema atingiu maturidade quanto à destinação da reserva previdenciária. O percentual de 68% dos recursos sob a administração das entidades se refere a benefícios concedidos e 32% a conceder. Os planos BD (Benefício Definido) atingiram a cota de 91% de benefícios concedidos. Já os planos CV (Contribuição Variável) e CD (Contribuição Definida) chegaram a 36% e 34% de benefícios concedidos, respectivamente. Possuem maioria de participantes na condição de formadores de reserva para concessão futura de benefícios.
O relatório 2023 apresenta também um panorama quanto à alocação de investimentos. Os ativos de renda fixa continuam concentrando os recursos dos planos, com quase 78% do total investido, sendo 70% dos recursos totais vinculados à dívida pública federal. A renda variável, especialmente, as ações negociadas em bolsa de valores, contribuem com 12% das aplicações. Os 10% restante foram alocados em operações estruturadas, investimentos imobiliários, operações de financiamento dos participantes dos planos e investimentos no exterior.