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Diretores e gestores discutem planejamento estratégico da PREVIC
Diretores e gestores da Superintendência Nacional de Previdência Complementar iniciaram o processo de alinhamento das metas da autarquia às propostas do Relatório de Transição Governamental, elaborado em 2022, para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A Oficina de Estratégia 2023/2027, realizada na sexta-feira (16/6), marcou o início do alinhamento que visa dar mais agilidade e segurança jurídica aos participantes, patrocinadores e fundos de pensão. “Esse planejamento é para renovar a visão de como devemos executar a missão da autarquia. Nossa meta é assegurar a revitalização e confiança do sistema de previdência complementar fechada pelas ações da PREVIC”, disse o diretor-superintendente, Ricardo Pena.
Para subsidiar o debate foram convidados três especialistas que contextualizaram o atual cenário do país. Fabiano Soares, servidor de carreira do Banco Central e atual gerente de Análise e Pesquisa da Funpresp-Exe, fez uma exposição sobre a atual conjuntura econômica, onde destacou um possível “afrouxamento monetário” para este segundo semestre, com expectativa de redução de juros, motivado sobretudo pela melhora da economia nacional e pelo novo arcabouço fiscal, em processo de aprovação no Legislativo.
A análise de Fabiano se relaciona diretamente com o panorama anunciado pelo jornalista, consultor e analista político, Toninho do DIAP, que vislumbra um horizonte de estabilidade política. “Temos a elaboração do PPA [Plano Plurianual] pela frente, então, neste momento, o Congresso estará voltado para uma visão estratégica de desenvolvimento do país. Isso estabelece um cenário de maior previsibilidade e segurança aos investimentos da previdência complementar, refletindo na aposentadoria daqueles que dependem desse sistema”, explicou Toninho.
Adacir Reis, especialista, advogado e ex-secretário de Previdência Complementar (2003 a 2006), reforçou a necessidade do aprimoramento do sistema sancionador e da supervisão baseada em risco, assim como a importância dos fundos de pensão para “desafogar” a previdência pública. “É preciso buscar um aprimoramento do arcabouço tributário no sentido de modernizar, revitalizar a agenda para algum estímulo à poupança previdenciária privada, até tirando um pouco da pressão sobre a previdência oficial – que tem o seu papel, a sua universalidade. Mas, para setores de classe média, acho que a grande vocação é a previdência privada. Inclusive via entidades de previdência complementar”, completou Adacir.
A Oficina de Estratégia 2023/2027 reuniu diretores e coordenadores gerais de área da PREVIC para apresentar e discutir ações macros com o objetivo de garantir alinhamento à política previdenciária, proposta no Relatório de Transição para o novo Governo. Nas etapas seguintes todos os servidores serão envolvidos no processo de construção das ações. A aprovação do novo plano estratégico da Superintendência Nacional de Previdência Complementar está programada para o dia 27/6, durante reunião da Diretoria Colegiada da autarquia.