Assessor Internacional do MPI é eleito para a Plataforma dos Povos Indígenas e Comunidades Locais da UNFCCC

O Brasil dá mais um passo decisivo na ampliação da representatividade indígena na agenda climática internacional. O assessor Internacional do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), Gasparini Kaingang, foi eleito, nessa sexta-feira (15/11), para integrar a Plataforma dos Povos Indígenas e Comunidades Locais da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), assumindo a vaga destinada aos governos da América Latina. O mandato, com duração de três anos, será compartilhado com representantes da Colômbia e do Peru, em uma gestão que busca fortalecer a atuação da Plataforma. São sete vagas para o governo e sete para a sociedade civil.

 “É com imensa honra e responsabilidade que assumo este papel. Com humildade, assumo o compromisso de ser um elo fiel entre nossas comunidades e este espaço internacional. Lutarei para garantir que nossas demandas sejam ouvidas e respeitadas, e que nossas soluções baseadas na sabedoria tradicional sejam incorporadas às políticas climáticas globais”, afirmou Gasparini.

 A Plataforma dos Povos Indígenas e Comunidades Locais, composta por representantes de governos e da sociedade civil, desempenha um papel estratégico nas negociações climáticas, promovendo a inclusão de conhecimentos ancestrais nas decisões globais. Segundo Gasparini, a parceria com Colômbia e Peru será orientada pelo respeito mútuo e pela busca por justiça climática. “Que o trabalho conjunto entre povos indígenas, comunidades locais, governos e a sociedade civil seja guiado pela sabedoria que nossos povos carregam há milênios”, ressaltou.

 A eleição de Gasparini reflete os esforços do Brasil em consolidar uma participação histórica dos povos originários nas discussões sobre mudanças climáticas. Com essa conquista, o Brasil reafirma seu compromisso em fortalecer a voz indígena no cenário global, deixando legados concretos e duradouros para as comunidades que preservam e cuidam do planeta.