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MPI conversa com reitor da UFPE sobre apoio a estudantes indígenas
- Foto: Ascom | MPI
A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara e o reitor da Universidade Federal de Pernambuco, Alfredo Macedo Gomes, se reuniram nesta quarta (26), no gabinete da ministra, para conversar sobre cotas e assistência aos estudantes indígenas universitários e sobre a possibilidade de instalação do Campus Universitário Indígena na estrutura da federal de Pernambuco.
O reitor da UFPe enfatizou a vontade de ter condições de atender aos critérios necessários para instalar a Universidade Indígena, num projeto piloto e de referência para o país. Alfredo Gomes citou a importância de uma política de internacionalização voltada para estudantes indígenas, e ressaltou que a UFPe tem cotas para graduação para quilombolas e indígenas e que a universidade nordestina trabalha com o conceito “pluralidade da diversidade”. Disse ainda que há um projeto arquitetônico pensado para o Campus de Caruaru que pode ser aperfeiçoado e servir para acolher o Campus Indígena.
A ministra Sonia Guajajara ressaltou que sua gestão no MPI está fazendo o debate sobre educação superior voltado aos indígenas e que o presidente Lula enfatizou que quer a primeira universidade indígena em seu governo. Segundo a ministra, há um Grupo de Trabalho (GT) composto com vários fóruns de debates sobre educação para pensar os detalhes, desde a concepção, metodologia e outras políticas para a viabilização da UI. Ela informou ainda, que há estudos de propostas de universidades estaduais e federais que serão apresentadas ao Ministério da Educação (MEC) com total urgência.
“Estamos construindo uma proposta para padronizar essa acolhida aos estudantes indígenas, em todas as universidades do Brasil. Precisamos atender os quase 70 mil estudantes indígenas que estão nas universidades”, ressaltou a ministra. Sobre a Universidade Indígena, Sonia Guajajara informou que a UI está sendo discutida e que ainda este ano, haverá o processo de escutas, em 16 seminários em todo o Brasil para ter um balizamento e depois definir o local e a metodologia da Universidade Indígena”, garantiu.
Participaram da reunião, Juliana Leimig, assessora do gabinete do MPI; Douglas Serato, da SEDAT, Eliel Benites, diretor do Departamento de Línguas e Memórias Indígenas e Daniel Maranhão, consultor.