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Projeto inédito
Primeira concessão de um canal de acesso portuário do país será realizado no 1º semestre de 2025
Primeiro projeto de concessão do canal de acesso portuário será deliberado pelo TCU - Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná
Com objetivo de promover maior eficiência logística ao país e ampliar a movimentação de cargas pelo modal aquaviário, o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) encaminhou nesta segunda-feira (25) o edital do projeto de concessão do canal de acesso portuário do Porto de Paranaguá, no Paraná, ao Tribunal de Contas da União (TCU). Primeiro modelo criado nesse ramo de transporte, a concessão do canal deve resultar em uma maior atração de investimentos para o estado, o que contribuirá para o desenvolvimento da região e para a geração de empregos, além da melhoria da infraestrutura, uma vez que o canal terá ampliada sua capacidade.
A proposta do Governo Federal é que o canal de acesso do porto de Paranaguá seja concedido ainda no primeiro semestre de 2025. De acordo com o projeto proposto, a concessionária ficará responsável pela gestão do ativo por 25 anos, com possiblidade de prorrogação por até 70 anos. A expectativa é que sejam injetados mais de R$ 1 bilhão de investimentos em melhorias.
“Esse é um marco histórico para o nosso setor. Com esse trabalho, que foi construído com a colaboração efetiva do setor portuário e dos entes regulados, nossos portos contarão com contratos de longo prazo para realizações de serviços essenciais e permanentes, como dragagem, derrocagem e sinalização. Esse é um modelo que deverá ser empregado nos principais portos brasileiros, e trará frutos imensuráveis a médio e longo prazo”, destacou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
A estimativa é que a concessão do canal de Paranaguá resulte em uma série de benefícios, tendo entre os principais a redução de custos — a iniciativa privada, com sua expertise em gestão e otimização de recursos, poderá reduzir os custos de manutenção e operação do canal, tornando os serviços portuários mais competitivos —, o aumento da eficiência, uma vez que a concessão permitirá a implementação de novas tecnologias, e a adoção de práticas mais eficientes, resultando em uma maior agilidade na movimentação de cargas e em uma redução dos tempos de espera dos navios.
O secretário Nacional de Portos, Alex Ávila, explica que a modelagem traz benefícios ao interessado, mas também ao usuário, que pagará tarifa mais baixa. “A modelagem do próprio leilão é algo muito interessante, porque nós trabalhamos com o maior desconto na tabela tarifária atual. Ao invés de ser ter uma maior outorga, a gente trabalha com o maior desconto. A gente vai ter a garantia do serviço executado com tarifas mais módicas”, ressaltou.
Entre as principais melhorias previstas no projeto destacam-se: aprofundamento, ampliação e alargamento do canal, o alargamento da bacia de evolução e o aprofundamento da área de fundeio nº 6. Com isso, a previsão é de sair dos atuais 12,8 metros de profundidade, passar para 13,3 metros ainda na fase de implantação e chegar a 15,5 metros após a concessão.
O primeiro projeto de concessão do canal de acesso portuário do país vai abrir portas para que o modelo possa ser aplicado em outros complexos portuários. Além de Paranaguá, o Governo Federal trabalha para implementação do projeto nos portos de Santos, em São Paulo, do Rio Grande, no Rio Grande do Sul, e da Bahia. Há diretrizes previstas também para aplicação da modelagem em Suape, em Pernambuco, e Itaqui, no Maranhão.
Assessoria Especial de Comunicação Social
Ministério de Portos e Aeroportos