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Notícias
PLANEJAMENTO
A sede do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) recebeu, nesta quinta-feira (13/2), a oficina de estudos de projeções sobre os impactos econômicos da mudança climática. O evento, parte do processo de elaboração da Estratégia Brasil 2050, reuniu especialistas e gestores públicos para discutir desafios e soluções voltadas às mudanças climáticas. A Estratégia Brasil 2050 será o principal instrumento do planejamento de longo prazo do país.
A secretária nacional de Planejamento, Virgínia de Ângelis, destacou a relevância do estudo enfatizando que “estratégias resilientes são a base para um desenvolvimento sustentável e para a segurança econômica e social do país”. Segundo ela, os eventos climáticos extremos reforçam a necessidade de um planejamento robusto e integrado às políticas públicas, garantindo maior resiliência e adaptação.
Os debates reforçaram a importância da coleta e análise de dados qualificados para subsidiar o enfrentamento dos desafios climáticos nas próximas décadas. O evento também ressaltou a necessidade de integrar os planejamentos setoriais e coordenar esforços para avançar em soluções que minimizem os impactos previstos, caso medidas de mitigação não sejam implementadas a tempo.
Discussões e objetivos do evento
Durante o evento, foram apresentados cenários que projetam o aumento da temperatura global em 1,5°C, 2°C e 4°C até 2100, além de seus efeitos sobre indicadores econômicos, infraestrutura, transição demográfica e trajetórias macroeconômicas.
As análises incluem projeções de impacto sobre o PIB, PIB per capita, nível de atividade setorial, emprego, produtividade agrícola, preços dos alimentos e custo de acesso à água até 2050, considerando tanto o cenário nacional quanto recortes regionais e estaduais.
Participaram da oficina representantes de diversos órgãos governamentais e entidades especializadas, incluindo MMA, MIDR, ANATEL, EPE, IPEA, MCID, BNDES, INFRA S.A., Ministério da Fazenda, Tesouro Nacional, MME, Ministério dos Transportes, Senado Federal, Embrapa, MAPA, Ministério das Comunicações, Defesa Civil, CNSEG, PPI, SEPAC-PR, Ministério de Portos e Aeroportos, além da equipe do BID e da coordenação do MPO-Seplan.
Resultados e desafios da adaptação
Os estudos apresentados na oficina foram baseados em análises para identificar estimativas dos impactos (cumulativos anualmente entre 2025 e 2050) da mudança do clima em três cenários: Mitigação; Impacto e Diferença entre Impacto e Mitigação, levando em conta sua relevância econômica e social. As discussões abordaram aspectos essenciais, como:
● Projeção de ameaças climáticas e seus impactos econômicos;
● Avaliação dos custos da inação versus os investimentos necessários para adaptação;
● Propostas de políticas públicas para fortalecer a resiliência da infraestrutura nacional.
Os resultados da oficina servirão de subsídio para a Estratégia Brasil 2050 que orientarão decisões governamentais e investimentos que fortaleçam a resiliência brasileira. Diante dos custos humanos e econômicos já observados em tragédias climáticas recentes, o evento representou um passo essencial para antecipar soluções e minimizar impactos futuros.