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Durante as festividades de 50 anos do Fonplata, Brasil assume a presidência da Assembleia de Governadores da instituição
A Assembleia é o órgão máximo do Banco de Desenvolvimento e é integrada por cinco Governadores Regulares e cinco Governadores Suplentes indicados pelos países-membros. “Ao assumir a presidência da assembleia de governadores do banco, o Brasil reafirmou seu compromisso histórico com o Fonplata. Temos a certeza de que o marco de 50 anos de atuação inspira a todos nós a conduzir o banco por uma longa e próspera jornada que busque o desenvolvimento e a integração da região. O banco pode contar com nossa presidência para debatermos e acharmos as melhores soluções e respostas para o futuro do Fonplata”, afirmou Amaral.
Em seminário realizado para discutir o futuro da instituição, participaram como convidados os presidentes do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), do Banco Centro Americano de Investimento em Infraestrutura (BCIE) e representantes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O governo brasileiro foi representado no evento pelo secretário de Articulação Institucional, João Villaverde, que mediou o debate sobre “Oportunidades e Desafios para Integração Regional”.
As Rotas de Integração Sul-Americana, política pública do MPO, fizeram parte da discussão sobre o papel de complementariedade entre os bancos de desenvolvimento. “Temos viajado para todos os 11 Estados brasileiros que fazem fronteira com a América do Sul, além de conversar com autoridades públicas e com empresários do setor privado de todos os países de nossa região”, contou Villaverde, que destacou, no evento, a importância de parceria entre os bancos regionais: “é necessário evitar o risco de entropia, isto é, das equipes técnicas e qualificadas dos bancos ficarem fechadas em si mesmas, quando os maiores avanços ocorrem com complementariedade”.
A presidente do Fonplata, Luciana Botafogo, defendeu o papel de diálogo que há entre os bancos e os países, em concordância com o MPO. “A forma mais incisiva de afastarmos o risco de ficarmos isolados, cada instituição fazendo uma ação, é justamente por meio do diálogo frequente e de ações baseadas em metas de entregas reais e efetivas na região”, disse ela.O Fonplata tem como atuais sócios Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai. Com sede na cidade de Santa Cruz, Bolívia, o banco tem uma carteira de empréstimo da ordem de US$ 1,87 bilhão, dos quais o Brasil participa com 14% das operações. No Brasil, o Fonplata atua principalmente junto a municípios de médio e pequeno porte em projetos de desenvolvimento urbano.
A presidência-executiva do banco é da brasileira Luciana Botafogo. Em recente entrevista, ela contou que, com escritório nos cinco países-membros do Mercosul, o banco tem mais capacidade de entender as realidades locais e trabalhar em menor escala, muitas vezes complementando atuação de outras instituições, como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (Bid).
Com a característica de ser pequeno, mas entender a realidade local, o Fonplata ajudou, por exemplo, a prefeitura de Campina Grande a desenhar um projeto de transporte público municipal mais seguro para as mulheres e um programa de iluminação pública que se espalhou por pequenas comunidades isoladas de Cochabamba, na Bolívia.