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CONCURSO APO
No 1º dia do curso de formação de Analistas de Planejamento e Orçamento, Ministério destaca importância do cargo para o Brasil
Dos 496 Analistas de Planejamento e Orçamento atualmente na ativa, 235 atuam no Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO), enquanto 252 trabalham em outros órgãos e 9 estão licenciados. Os números foram apresentados pelo subsecretário de Tecnologia e Desenvolvimento Institucional da Secretaria de Orçamento Federal (SOF/MPO), Felipe Araujo, aos 103 alunos do curso de formação do concurso de Analista de Planejamento e Orçamento (APO) nesta segunda-feira (4/11), na Escola Nacional de Administração Pública (Enap).
Esses dados reforçam a importância deste concurso para a recomposição da equipe, já que desde 2015 não havia certame para o cargo, e o quanto esses servidores são requisitados pelos demais órgãos da administração, apontou Araujo no primeiro dia do curso.
“Vocês serão responsáveis por zelar pelo orçamento público e planejar o Brasil do futuro, enfrentando o desafio de administrar recursos escassos frente a necessidades cada vez maiores”, reiterou, à tarde, o secretário-executivo do MPO, Gustavo Guimarães. “Chegar até aqui, após superar um dos concursos mais desafiadores demonstra a capacidade e o comprometimento de cada um de vocês. Estamos confiantes de que, com dedicação e empenho, vocês contribuirão significativamente para a construção de um país melhor”, acrescentou Guimarães, afirmando que ser APO é atuar no núcleo do governo.
A presidenta da Enap, Betânia Lemos, foi na mesma linha. "A carreira de APO é estratégica para o Estado brasileiro. As atividades do cargo envolvem todo o planejamento de governo de curto, médio e longo prazos e a execução do orçamento", disse ela. "Não há como fazer política pública sem orçamento. A peça orçamentária é muito mais que uma peça, ela norteia o país". Lemos afirmou ainda que o atual governo busca alinhar sua estratégia às demandas da população brasileira, tanto por meio de um planejamento mais participativo quanto pela busca por uma distribuição mais justa de recursos que leve em conta as questões transversais. "A carreira de APO trabalha em todas essas etapas", disse Lemos.
"Este foi um concurso montado para selecionar os melhores candidatos. Pela primeira vez a prova foi realizada em todas as capitais, facilitando o acesso e promovendo a diversidade na seleção. A gente cresce com a diversidade", disse o secretário de Orçamento Federal substituto, Clayton Montes. Ele apresentou a estrutura da SOF e foi seguido por Danyel Iório, subsecretário da Secretaria Nacional de Planejamento, e por Sergio Firpo, secretário de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas, que mostraram aos alunos as áreas de atuação de suas secretarias.
Cargos e gênero
A importância do cargo de APO foi reforçada ainda pelo fato de que 64% dos servidores atuais ocupam cargos ou funções, a maioria como coordenadores-gerais, coordenadores, assessores ou assessores técnicos. Mas ainda se trata de um posto essencialmente masculino: 77% dos APOs atuais são homens. A diretora de Educação Executiva da Enap, Iara Alves, chamou atenção para este ponto e para a importância de estimular a participação feminina no serviço público e nos espaços de poder.
Alves e Araujo abordaram o papel do curso de formação como oportunidade de fazer conexões que serão fundamentais para a carreira daqui por diante. “O serviço público é um trabalho de colaboração e se engana quem pensa que conseguirá fazê-lo sozinho”, disse a diretora da Enap.
Dividido em quatro eixos – Estado, democracia e cidadania; políticas públicas e avaliação; dinâmica de planejamento e orçamento público; e estratégia, inovações e tendências em planejamento e orçamento – o curso de formação terá duração de 19 semanas, com encerramento previsto para 14 de março, e representará uma pós-graduação lato sensu.