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Secretária do MPO, Renata Amaral, fala em painel da ONU sobre inclusão no Censo 2022
“O uso de dados para acelerar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e não deixar ninguém para trás” foi o tema do painel promovido pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) , pelos governos do Brasil e Noruega, Instituto Afrodescendente para Estudo, Investigação e Desenvolvimento, Organização Europeia de Base dos Ciganos (ERGO) e Grupo dos Direitos das Minorias (MRG).
O evento, às margens da Assembleia Anual da ONU, ocorreu em Nova York (NY), neste domingo (17/9). A secretaria de Assuntos Internacionais e Desenvolvimento - Seaid, Renata Amaral, representou o Ministério do Planejamento e Orçamento e levou a experiência bem sucedida de inclusão do Censo 2022, com destaque às ações que garantiram, pela 1ª vez, a inclusão de toda população Yanomami na principal base de dados do Brasil, além das ações junto aos quilombolas e moradores de favelas.
Abrindo os debates, Diene Keita, Secretária Geral Adjunta e Diretora Executiva Adjunta do UNFPA, defendeu que análise e desagregação de dados são fundamentais para dar visibilidade a grupos invisíveis nas políticas públicas, como indígenas e LGBTQIA+, mas para avançar nessa agenda é preciso construir melhores metodologias.
Em seguida, a Diretora-geral do Departamento de Estatísticas da Colômbia, Piedad Urdinola Contreras, observou que melhores dados guiam os governos no rumo de melhores decisões de política públicas. Na sua apresentação sobre a experiência brasileira com o Censo 2022, a secretária Renata Amaral contou que o número de indígenas cresceu 88% em 2022 em relação ao censo de 2010, mas isso não representa um aumento real. "Foi a primeira vez que o censo cobriu todas as tribos do país", disse ela.
Os censos indígena, quilombola e dos moradores em favelas, disse Amaral, revelam “o compromisso do governo em dar visibilidade para populações até então invisíveis para as políticas públicas”. Esse trabalho, disse, envolveu diferentes ministérios e a sociedade civil.
A secretária encerrou sua participação ponderando que, após o censo 2022, o governo trabalha para incorporar cada vez mais novas tecnologias na coleta de dados pelo IBGE e também em uma agenda de maior integração das informações geradas por diferentes agentes públicos.
“Quilombolas, indígenas e moradores das favelas entraram nos números do Censo para nunca mais serem deixados para trás", afirmou a secretária após o painel. "Ter a oportunidade de falar com orgulho no palco da ONU sobre o trabalho que estamos fazendo em conjunto no Governo Federal para incluir a todos no nosso mapa e nas nossas ações faz todo o nosso esforço valer a pena”, concluiu Renata.
Sabe o que são os “Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, chamados pela sigla ODS?
São um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. Estes são os objetivos para os quais as Nações Unidas estão contribuindo a fim de que possamos atingir a Agenda 2030 no Brasil.
Fonte: https://brasil.un.org/pt-br/sdgs
Saiba mais sobre o evento
Não mais invisíveis: soluções com uso de dados para não deixar ninguém para trás (tradução livre para “Invisible No Longer: Data Solutions to LNOB Dilemmas ”). O evento prévio à Assembleia das Nações Unidas discutiu como o uso de dados desempenha um papel importante na aceleração dos ODS. A iniciativa envolve aumentar o apoio financeiro e político para melhorar a produção, gestão, análise e utilização de dados para ajudar a acelerar o progresso dentro dos países e a nível mundial no sentido de alcançar os ODS. O foco foi, especificamente, conhecer como, medidas já existentes foram utilizadas para ajudar os governos a fazer progressos significativos na consecução dos ODS e alcançar outros objectivos, tais como o compromisso de Não Deixar Ninguém para Trás.
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