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Tebet defende efeito multiplicador da reforma tributária para gerar emprego e renda em toda economia
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, participou hoje de um encontro com lideranças sindicais da União Geral dos Trabalhadores (UGT) em São Paulo, n a sede do Sindicato dos Comerciários de São Paulo. A ministra ouviu demandas e depoimentos de representantes de categorias como comerciários, eletricitários, trabalhadores da saúde, dos Correios, guardas-civis, Polícia Federal, costureiras, padeiros, entre outras. A reunião foi presidida pelo presidente da UGT, Ricardo Patah, e também contou com a participação do relator do orçamento de 2024, deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP). Na pauta, reforma tributária, Plano Plurianual (PPA), agenda 2025-2040 e política econômica do governo.
Tebet lembrou de Ulysses Guimarães, trazendo a ideia de que “só é cidadão quem come, quem mora, quem tem emprego, renda e lazer, quem sabe o ABC”, mas defendeu que o emprego é quem guia as demandas relacionadas à cidadania. “Emprego digno e de uma política pública que garanta a correção do salário mínimo acima da inflação são fundamentais para garantir o poder de compra das famílias e para o Brasil ser menos desigual”, pontuou Tebet. “Essa reforma tributária é a reforma do emprego porque ela é a reforma da indústria. Ao permitir que nossa produção seja competitiva frente aos produtos asiáticos, e assim garantir geração de emprego de qualidade no país”, acrescentou.
A ministra defendeu o impacto circular e positivo que a reforma tributária terá para toda a economia. Ao reduzir o custo de produção da indústria e reduzir a carga tributária incidente sobre o consumo, que hoje penaliza os mais pobres, ela vai liberar mais renda da população, dinamizando o comércio e o setor de serviços, argumentou Tebet ao falar para uma plateia de sindicalistas representantes dos trabalhadores do comércio e de diferentes segmentos de serviços.
A ministra do Planejamento e Orçamento contou para os sindicalistas do PPA 2024-2027, que foi o mais participativo da história do país. “Fomos ouvir que Brasil a população quer. Não o Brasil que o Lula quer, que a ministra quer, que a UGT quer, mas o Brasil que o povo quer para os próximos quatro anos”, explicou, convidando os sindicalistas a participarem da agenda 2025-2040 (ou 2025-2050). “Essa agenda vai definir o Brasil dos próximos 15 ou 25 anos”, disse Tebet, defendendo a importância do Brasil planejar bem as políticas públicas para que os recursos do orçamento sejam melhor aplicados, gerando programas que realmente beneficiem a população que mais precisa.
Além da reforma tributária, Tebet avaliou que a condução da política econômica, ao garantir aumento real do salário mínimo, corrigir a tabela do imposto de renda e dar sinais de responsabilidade fiscal, entre outras medidas, já trouxe mais alento para a economia brasileira e isso já se traduziu em redução da taxa de desemprego: ela ficou em 7,8% no trimestre encerrado em agosto, a menor taxa desde fevereiro de 2015.
O relator do orçamento de 2024, deputado Luiz Carlos Motta, presidente da Federação dos Comerciários de São Paulo, lembrou que a peça orçamentária é igual a um quebra-cabeça, no qual é preciso encaixar as diferentes demandas públicas. E nesse trabalho para elaborar a versão definitiva da peça do próximo ano, o diálogo com a equipe do Ministério do Planejamento e a sensibilidade da ministra têm sido fundamentais. Tebet também destacou o trabalho e a parceria com o relator.