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Ministra Tebet é recebida pelo governador do Mato Grosso do Sul para discutir pautas de interesse comum entre o estado e o governo federal
Foto: Max Arantes
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, esteve reunida na manhã desta segunda-feira com o governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, e um grupo de secretários para discutir uma extensa agenda assunto de interesse do Estado junto ao governo federal. Na pauta, investimentos na área social e em infraestrutura, possibilidades de financiamento de organismos multilaterais, proteção do Pantanal e do Cerrado, demarcação de terras indígenas e reforma tributária, entre outras pautas.
“Depois dos 100 primeiros dias em que nós tivemos que olhar para o retrovisor, tivemos que rever decretos e alterar leis. Agora é hora de olhar para frente, olhar para o Brasil e tentar fazer com que o cobertor do orçamento federal, que é tão curto, pelo menos cubra aquilo que é essencial em todos os Ministérios para atender as demandas dos Estados”, disse a ministra, acrescentando que foi ouvir as demandas de Mato Grosso do Sul em todas as áreas.
A ministra explicou que as regras do chamado “novo PAC”, em referência ao Programa de Aceleração do Crescimento, que era focado em obras de infraestrutura, serão divulgadas em breve e, a partir daí, será possível identificar que obras serão colocadas como prioridade em cada Estado, e o que será feito com recursos federais, onde entram as parcerias público-privadas ou concessões para o setor privado.
O governador Eduardo Riedel destacou a interlocução do Ministério do Planejamento e Orçamento com os bancos de fomento, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Cooperação Andina de Fomento (CAF). “O Mato Grosso do Sul pode buscar financiamentos específicos para infraestrutura para a questão ambiental”, disse ele, lembrando que dois terços do bioma Pantanal estão no Mato Grosso do Sul. Além disso, ele ponderou que o projeto do rio Taquari interessa ao Governo do Estado e ao governo federal, e os dois devem trabalhar juntos na estruturação de um projeto para o assoreamento das margens do rio. Tebet pontuou que hoje os bancos multilaterais estão de olho e preocupados com a questão ambiental no mundo, e o Brasil precisa aproveitar esse momento. Ainda em relação aos investimentos multilaterais, a ministra lembrou que há uma linha específica para municípios de fronteira entre os países do Mercosul, o que envolve o Mato Grosso do Sul.
A ministra também defendeu a reforma tributária e reafirmou que ela é a única bala de prata que o país possui. “A reforma tributária é fundamental para fazer com que setor produtivo, especialmente a indústria, seja competitivo diante do mercado asiático e das indústrias estrangeiras para que ela possa gerar emprego e renda no Brasil.”