Carta da Ministra
Todos nós caminhamos muito neste 2023 para fazer o planejamento que não mais havia quando da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É como se um importante território houvesse sido extirpado do mapa da administração pública brasileira, e, para retomá-lo, tivemos que redescobri-lo e reinventá-lo no momento mesmo em que o implantávamos. Assim como fazem os poetas e os caminhantes.
Quando falo de mapas e caminhos, não utilizo simples metáforas. Caminhamos no sentido real da expressão, porque o planejamento participativo nos levou a percorrer todo o Brasil, todos os estados deste país de tantos e tamanhos contrastes, e, muitas vezes, de tantos descaminhos. Para não nos desencaminhar, decidimos ser menos voz, mais ouvidos. O povo se fez, então, sujeito da construção do traçado da sua própria trajetória. Não mais um mero figurante, convidado apenas para compor uma cena de caminhada, mas, sim, ator principal do filme da vida. Da sua própria e da vida coletiva. Também caminhamos no avanço da construção de novos métodos de trabalho e da utilização dos instrumentos mais modernos de análise do planejar e da avaliação das ações de planejamento, consolidando um processo de retroalimentação que possibilita aumentar a eficiência e diminuir o desperdício de recursos públicos escassos e essenciais à construção da cidadania na sua plenitude. Este caminho está apenas começando, é nosso maior desafio e nossa maior missão: garantir qualidade dos gastos públicos, evitando desperdícios, mas sem cortar qualquer política pública essencial do povo brasileiro.
Agora, estamos dando mais um passo decisivo na direção das nossas metas e consolidação do nosso papel na união e reconstrução do país que queremos. Falo do Plano Estratégico Institucional (PEI), resultado de um processo de profunda reflexão e colaboração, envolvendo todas as áreas do MPO. Avançamos com a cultura do planejamento fazendo nosso dever também dentro de casa, tendo como objetivo estabelecer um novo patamar de excelência e eficiência para dentro e para fora do nosso Ministério. Com a frutífera contribuição de todos os envolvidos em todo esse processo, definimos os objetivos mais estratégicos que servirão como nosso norte, com vistas a aprimorar a qualidade das políticas públicas e promover uma distribuição eficiente de recursos públicos, com o objetivo de reduzir as desigualdades sociais e econômicas que tanto nos envergonham no cenário mundial.
No horizonte promissor que agora se abre à nossa frente, trabalhando com nossas entidades vinculadas, como o IBGE e o IPEA, o foco será estimular o bem-estar e o desenvolvimento de nossos colaboradores, aprimorar a governança e nossos processos de trabalho, e simplificar e incorporar a transformação digital.
Nosso propósito é claro: promover o planejamento, a avaliação e a alocação de recursos de forma eficiente, transparente e participativa, para o desenvolvimento e crescimento sustentável e inclusivo do país.
O PEI é mais que um documento; é um comprometimento com o Brasil e com os cidadãos a que servimos. Por isso, cada página, cada palavra, cada letra deste documento é o registro de um caminhar coletivo, porque aqui estão os rastros de todos nós, funcionários e dirigentes do MPO. Espero que cada um de vocês se sinta inspirado por essa visão desafiadora na direção do horizonte almejado por todos os brasileiros. Com o empenho e a dedicação de todos, superaremos os desafios e alcançaremos os resultados que virão transformar nossos objetivos em realidade. Juntos, faremos a diferença.
Simone Tebet
Ministra de Estado de Planejamento e Orçamento
O Planejamento Estratégico Institucional do MPO foi aprovado pela 3ª Reunião do CMG e encontra-se na íntegra aqui