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SUSTENTABILIDADE
Presidente em exercício participa de fórum que discute desenvolvimento sustentável em Mauá (SP)
Alckmin destacou que, diante das mudanças climáticas, o mundo inteiro percebeu a necessidade de se executar uma descarbonização - Foto: Cadu Gomes / VPR
O presidente da República em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, participou, nesta terça-feira (22/8), do lançamento do “Fórum Mauá 2023-2033 – Encontro – Desafios e Oportunidades Transformando no Caminho Certo”, realizado no Teatro Municipal de Mauá, na Região Metropolitana de São Paulo.
O encontro reúne representantes de todos os setores produtivos, indústria, comércio, serviços, sociedade civil e universidades e atua para que o poder público, empresas e sociedade discutam caminhos para o desenvolvimento econômico e sustentável.
A presença de Alckmin reforça a sinergia entre a cidade de Mauá e o Governo Federal na reconstrução de uma sociedade mais justa e igualitária focada no desenvolvimento econômico, social e sustentável.
O prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira, destacou a importância da parceria entre as esferas de governo para resolver problemas regionais: "O consórcio foi criado para resolver a questão do lixo na nossa região. Até hoje, fazendo esse debate, e quem sabe nesta década, a gente consiga, nesta transformação, resolver essa questão do lixo”, destacou.
“Todas as cidades da nossa região e de outros locais têm utilizado esse espaço e nós sabemos que a maioria dos aterros públicos têm um período de vida. E alguns locais já estão entrando em colapso, então é fundamental termos energia limpa em um investimento do Governo Federal", discursou o prefeito.
Geraldo Alckmin afirmou que o país inteiro já sente os efeitos de investir em uma agenda de desenvolvimento sustentável: "O Brasil era o quinto receptor de investimentos estrangeiros diretos. Neste primeiro semestre, que acabou de fechar, nós passamos a ser o segundo a receber investimentos diretos no mundo. Só perdemos para os Estados Unidos", declarou.
Citando os desafios que enfrentou na gestão de resíduos sólidos quando exerceu o cargo de prefeito de Pindamonhangaba (SP) no final dos anos 1970, Alckmin comemorou os avanços alcançados neste ponto.
"Hoje nós fomos ver aqui um belíssimo empreendimento, gerando energia elétrica através do gás metano, produzido pela fermentação dos resíduos sólidos, gerando cinco megawatts de energia. Um segundo projeto gerando biometano, ou seja, metano limpo. E também um terceiro projeto, que será através do calor, do vapor, também na produção de energia elétrica”, citou o presidente em exercício.
“Isso é a sustentabilidade, a gente cuidar do meio ambiente e fazer isso gerar energia, gerar combustível, gerar riqueza, gerar emprego e desenvolvimento", afirmou Alckmin.
DESCARBONIZAÇÃO – O vice-presidente destacou que, diante das mudanças climáticas, o mundo inteiro percebeu a necessidade de se executar uma descarbonização e adiantou que o presidente Lula deve encaminhar, nos próximos dias, uma proposta de implementação de um mercado de carbono regulado. "Ou seja, eu vou ter um mercado de carbono, a minha empresa pode emitir tanto de carbono e, se eu emitir menos, eu fico com crédito. Se eu emitir mais, eu tenho que comprar crédito de carbono", explicou.
MAUÁ – O presidente em exercício ressaltou a posição estratégica e privilegiada de Mauá, fator que favorece o desenvolvimento econômico da cidade paulista. "Aqui é um polo importante petroquímico e de indústria química. Foi incluído no Novo Pac o REIQ, uma proposta de retirarmos PIS e Cofins para insumos da indústria química e petroquímica, porque ela é estratégica. Isso vai impulsionar a indústria. A indústria química está em todo lugar, não tem uma atividade que a química não esteja incluída e nós estamos na capital da química, da petroquímica, que é Mauá", declarou Alckmin.
Ele também trouxe outras boas notícias: "Nós vamos fazer a depreciação acelerada do maquinário. O parque industrial brasileiro está envelhecido, a média é 14 anos das máquinas. Nós precisamos colocar máquinas mais eficientes, que poluem menos, que consomem menos, que têm produtividade melhor, então a depreciação acelerada é o governo não abrir mão de imposto, mas ele abre mão de fluxo. Neste primeiro ano, não paga imposto de renda e contribuição sobre lucro líquido, paga no segundo, terceiro, quarto e quinto ano. No final de cinco anos é igual para trocar as máquinas. Eu falo máquinas, mas não vale só para a Indústria, vale para o comércio, serviços, agricultura", destacou.
BIOGÁS – Mais cedo, Geraldo Alckmin visitou uma planta de captação de biogás a partir do lixo urbano proveniente do aterro sanitário da empresa Lara Central de Tratamento de Resíduos, que gera 5 megawatts de energia. A empresa apresentou ao presidemte em exercício projeto de implantação da Unidade de Recuperação Energética (URE Mauá), capaz de realizar tratamento térmico do lixo urbano. A expectativa é tratar 3 mil toneladas de lixo urbano por dia.
O tratamento térmico possibilitará gerar energia elétrica por meio de turbinas movimentadas a vapor. A unidade utilizará o biogás gerado no próprio aterro como uma das fontes de combustível. Com o aproveitamento do calor do lixo, espera-se uma geração de até 80 MWh de energia elétrica (equivalente ao consumo médio de uma população de 300 mil residências).
A proposta é baseada em tecnologia alemã de última geração e já é adotada em diversos países da Europa, Ásia e América do Norte. O projeto tem investimento previsto de R$ 1,5 bilhão e sua construção terá duração de 3 anos.