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GIRO PELO PAÍS
Em MG, Alckmin garante apoio a complexo industrial da Saúde
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, reforçou nesta terça-feira (16), em Minas Gerais, que o governo brasileiro dará todo o apoio para que o complexo econômico industrial da saúde brasileiro cresça e gere empregos. As declarações foram dadas durante visita a duas empresas do segmento médico — Alfamed e VMI Médica, integrantes do Grupo Prime Holding, o maior produtor de equipamentos de Raio X da América Latina.
“O complexo industrial da saúde vai crescer. O governo vai dar todo apoio, crédito para pesquisa, inovação, [com auxílio da] Finep, BNDES e vai gerar muito emprego”, disse ele. Alckmin ressaltou que a pandemia de covid-19 deixou ainda mais evidente a necessidade de o país não depender de outros países para ter acesso a medicamentos e equipamentos médicos.
O segmento da Saúde é um setor estratégico para o crescimento do complexo industrial do Brasil. É uma indústria de alta intensidade tecnológica - quase o triplo da média da indústria no Brasil. No entanto, embora responda por 10% do PIB, a saúde possui déficit comercial crescente e atingiu recorde de US$ 20 bilhões em importações. Essa fragilidade ficou ainda mais evidente durante a pandemia de Covid-19. A maior autonomia do Brasil é fundamental para reduzir a vulnerabilidade do SUS e assegurar o acesso universal à saúde.
“Algumas coisas tem que fabricar no Brasil. Não posso depender só da Índia para ter remédio. Não posso depender só da China para ter equipamento médico. É fundamental a gente desenvolver uma indústria e estar na ponta da inovação”, afirmou o vice-presidente.
As empresas visitadas por Alckmin em Lagoa Santa (MG) fabricam, entre outros, equipamentos com alta tecnologia de captura de imagem para a área da radiologia; uma cabine de raio-X blindada que utiliza inteligência artificial; equipamento com detectores digitais dinâmicos; além de um novo equipamento em desenvolvimento para a área de hemodiálise.
O grupo exporta para 90 países da América Latina, Oriente Médio, Ásia e América do Norte e, segundo informou a própria empresa, 15% de seu faturamento é destinado a pesquisa e desenvolvimento.
A empresa é considerada um exemplo do que se busca para o segmento no país, conforme missão definida pelo CNDI (Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial) para a política industrial brasileira no âmbito da saúde: o desenvolvimento de tecnologias e adensamento da produção nacional de bens e serviços em saúde para reduzir a dependência externa; e liderança em pesquisa e desenvolvimento, inovação e produção de tecnologias e serviços voltados à prevenção e diagnóstico de doenças.
O fundador da VMI, Otávio Viegas, ressaltou o apoio do governo federal por meio das iniciativas do BNDES e FINEP para fortalecer o complexo industrial da saúde do país, permitindo uma dependência cada vez menor de insumos e produtos importados. “Já conquistamos importantes vitórias, mas temos muito a caminhar. Projetos inovadores de ressonância magnética, monitores multiparamétricos, oximetro, central multitarefas, hemodiálise e outros irão permitir ao Brasil ser mais desenvolvido tecnologicamente. Com o apoio do governo federal, através das iniciativas do BNDES, Finep, outros órgãos de fomento, e o apoio incondicional do MDIC, tornaremos este sonho uma realidade.”