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Alckmin disse que a eleição de Lula salvou a democracia brasileira
- Foto: C. Daniel Silva
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, destacou nesta quarta-feira (28/6) a importância do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na preservação da democracia brasileira, ameaçada pelos ataques golpistas de 8 de janeiro. “Eu não tenho dúvida de dizer que a eleição do presidente Lula salvou a democracia brasileira, esse é um fato relevante”, disse o vice-presidente durante o encerramento do XI Fórum Jurídico de Lisboa.
No evento, Alckmin lembrou o papel da Justiça Eleitoral e das urnas eletrônicas para a realização de eleições livres em 2022 e para a consolidação da democracia no Brasil. Ao lado do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, ele lembrou de ter participado, junto com Lula, da Assembleia Nacional Constituinte. Fez referência também à Revolução dos Cravos, em 1974, que marcou o fim da ditadura em Portugal.
O tema do encontro em Portugal foi “Desenvolvimento e responsabilidade socioambiental na economia globalizada”. Ao abordar esses aspectos, o vice-presidente Alckmin afirmou que o programa de governo de Lula estabeleceu um “desenvolvimento inclusivo”, com estabilidade e sustentabilidade. “Temos no país perto de 30 milhões de pessoas em privação alimentar”, disse.
Para reverter essa situação, o governo adota medidas como a valorização do salário mínimo, o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida, e a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS).
Alckmin fez referência ainda à complexidade do atual modelo fiscal brasileiro, e citou o novo regime fiscal e a reforma tributária, “projetos estruturantes” que estão sendo tratados pelo Congresso. O objetivo dessas mudanças, afirmou, é a “desoneração completa” dos investimentos e o estímulo às exportações, para que o Brasil tenha “desenvolvimento com estabilidade e com previsibilidade”.
Com essas medidas, o país terá competitividade, eficiência econômica, e atrairá investimentos, disse o vice-presidente. “Acho que esse é o grande desafio do nosso tempo: crescer, mas preservando o meio ambiente e combatendo as mudanças climáticas”, acrescentou.
Ao abordar as questões ambientais, o vice-presidente lembrou que o Brasil tem a maior floresta tropical do mundo, a floresta amazônica. “A meta é desmatamento ilegal zero, compromisso com a sustentabilidade, descarbonização e neoindustrialização”, disse.
Antes de participar do fórum, Alckmin teve reunião com empresários de Portugal, interessados nos setores de saúde, aeronáutica, hotelaria, petroquímico, entre outros. O fato de os dois países falarem a mesma língua, segundo o vice-presidente, contribui para fortalecer essa aproximação, tanto para a União Europeia quanto para o Mercosul: “É possível avançar e estabelecer novos mercados”.
O vice-presidente também ressaltou os desafios do mundo atual. “A governança digital pode e deve permitir a liberdade de imprensa, a liberdade de expressão, mas, ao mesmo tempo, deve evitar as fake news, a desinformação, a injúria, e estabelecer as regras para esse novo momento que o mundo vai viver”, concluiu.
Rebelo de Sousa
Depois do discurso de Alckmin, o presidente português exaltou a reaproximação dos dois países depois da eleição de Lula. “Não passou sequer um semestre para mostrar a amizade, a fraternidade, a solidariedade, a empatia e a parceria excelente que existem entre os povos, Estados e responsáveis políticos das duas pátrias irmãs”, afirmou Rebelo de Sousa, depois de lembrar que o chefe do Executivo brasileiro também esteve em Portugal.
Foto: C. Daniel Silva