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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Alckmin: Somos a ´bola da vez´ na atração de investimento para mercado de carbono
Vice-presidente em seminário do BNDES reafirma potência do Brasil na economia verde - Foto: Cadu Gomes (VPR)
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, participou na manhã desta segunda-feira (20/3), na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da abertura do seminário “Estratégias de Desenvolvimento Sustentável para o Século XXI”, que tem como objetivo promover o debate sobre questões como políticas públicas para superação de crise no mundo, entre outras pautas.
Em sua fala, o ministro destacou a oportunidade que o Brasil tem para atrair investimentos em mercado de carbono, energia limpa e na redução da emissão de carbono. “Onde eu fabrico bem, barato e consigo compensar a emissão de carbono? É aí que o Brasil passa a ter uma oportunidade extraordinária para atrair investimento em mercado de carbono, energia limpa e na redução da emissão de carbono. Nós somos a ‘bola da vez’ no sentido de atrair investimento. Mercado de carbono, energia limpa, redução de emissão de carbono," reforçou.
Ainda no evento, o ministro destacou o empenho do presidente Lula com a questão da reforma tributária, e diz estar otimista com o avanço dessa pauta. “Simplifica 5 tributos de consumo, que vira um só IVA (Imposto sobre Valor Agregado). Tira a cumulatividade, que vai estimular a exportação e a redução do custo Brasil”, disse Alckmin, que também falou sobre o Custo Capital e defendeu a redução dos juros. “Juros alto diminuem consumo, inibem investimento e encarecem a dívida do governo, pois a metade da dívida é Selic. E para tratar disso, nos próximos dias o governo encaminha o projeto de ancoragem fiscal, combinando curva da dívida, mais superávit, mais o controle do gasto. Medida bem feita que vai trazer bastante segurança na questão fiscal”, afirmou.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em sua fala, destacou três grandes tendências internacionais: necessidade de reorganização das cadeias produtivas para maior estabilidade dos processos produtivos; a corrida tecnológica; e a emergência climática.
Mercadante ainda lembrou que é muito importante olhar com atenção a indústria brasileira. “Nós queremos dobrar o tamanho do Banco para que ele volte a ter a sua média histórica de crescimento. O papel do BNDES é financiar a economia, o micro e pequeno empresário, a indústria, a geração de emprego. É isso que ele tem que fazer”, disse ele, que reforçou a relação BNDES, Fiesp e CNI com o mesmo propósito. “Vamos fazer muito juntos”.
O presidente do Conselho Curador do CEBRI e ex-presidente do BNDES, José Pio Borges, que participou do painel de abertura, enfatizou a importância do evento para a discussão das estratégias para superação dos entraves para o desenvolvimento sustentável do Brasil. "O CEBRI gerou um policy paper e apresentou recomendações concretas para influenciar a formulação de políticas públicas para impulsionar o desenvolvimento sustentável no Brasil. Este seminário visa discutir essas estratégias”.
Já o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Josué Gomes da Silva, ressaltou na sua fala que qualquer estratégia sustentável para o desenvolvimento nacional passa por uma nova industrialização do Brasil. “Nós defendemos uma nova industrialização, de baixo carbono, com integração às cadeias globais de valor, com inovação e, principalmente, com alto grau de digitalização”, acrescentou Silva.
Em sua participação, a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, reforçou o papel do complexo econômico industrial da saúde nesse novo projeto de industrialização brasileira, lembrando que a pandemia demonstrou a necessidade de os países terem autonomia produtiva no setor. “Hoje em dia, o mundo inteiro está discutindo política industrial, resiliência, autonomia produtiva, mas da mesma maneira que o Banco está fazendo: dentro de um ambiente de desenvolvimento sustentável”, ressaltou.
Participam ainda do evento, o prêmio Nobel de Economia, Joseph Stiglitz (Columbia University), e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O seminário acontece nesta segunda e terça-feira (20 e 21/3), no período da manhã e poderá ser acompanhado pelo YouTube do BNDES.