Atualização da meta climática brasileira
Em setembro, o governo brasileiro anunciou a correção de sua meta climática na Cúpula da Ambição Climática, realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York. A Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês) brasileira retomará a ambição apresentada em 2015, no Acordo de Paris.
Com a correção, o país se compromete a reduzir as emissões em 48% até 2025 e em 53% até 2030
A decisão de corrigir a meta brasileira foi tomada pelo Comitê Interministerial de Mudança do Clima (CIM), composto por 18 ministérios. Em seu discurso na abertura do debate da Assembleia Geral da ONU, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que a desigualdade é central nos principais problemas que a Humanidade enfrenta. Na Cúpula de Ambição Climática, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, denunciou que há um falso dilema entre desenvolvimento e combate à pobreza.
Painel NDC — uma contribuição do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para as metas de redução de emissões do Brasil
COMBATE AO DESMATAMENTO — Quase metade das emissões brasileiras vem da destruição de vegetação nativa. A proteção da floresta e o desenvolvimento sustentável da floresta estão entre as prioridades do governo, destacou a ministra, mencionando o compromisso de zerar o desmatamento até 2030. Com a retomada das ações de fiscalização por Ibama e ICMBio, a área sob alertas de desmatamento na Amazônia caiu 48% de janeiro a agosto na comparação com o mesmo período do ano anterior. A quinta fase do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm) foi lançada em 5 de junho.