Governo do Brasil e Prefeitura de Belém entregam a primeira obra para a COP30

Em Belém do Pará, o governo brasileiro e a prefeitura da cidade entregaram nesta quarta-feira, 18/12, a revitalização do Mercado São Brás, primeira obra de infraestrutura para a COP30. Com investimentos de R$ 150 milhões, a renovação do espaço representa o legado de infraestrutura e de desenvolvimento sustentável para a população da cidade.

O secretário extraordinário da COP30, Valter Correia, salientou que o evento é esperado por todo o mundo e será um momento simbólico para a agenda de combate às mudanças do clima. Correia pontuou que os investimentos ficarão como legado para o Pará e toda a Amazônia.

"São mais de 30 obras estruturantes que estão acontecendo em Belém, realizadas pelo governo federal, junto com a prefeitura e o governo do estado do Pará. Esses investimentos têm um motivo e um significado. Estamos dotando de infraestrutura uma cidade maravilhosa que vai ter um grande legado", explicou Valter Correia.

Construído durante o primeiro período áureo da extração da borracha (1879 a 1912), o mercado recebeu o investimento para abrigar iniciativas de economia criativa, valorização de saberes tradicionais e fortalecimento da identidade amazônica em contexto global. Do valor total, a Itaipu Binacional tem aporte financeiro de quase R$ 90 milhões, enquanto a Prefeitura de Belém entrou com uma contrapartida de R$ 60 milhões de reais.

O secretário da COP30, Valter Correia, o prefeito de Belém (PA), Edmilson Rodrigues, e o diretor de Coordenação da Itaipu, Carlos Carboni, inauguram a revitalização do Mercado São Brás - Foto: SECOP / Casa Civil

São mais de 30 obras estruturantes que estão acontecendo em Belém, realizadas pelo governo federal, junto com a prefeitura e o governo do estado do Pará. Esses investimentos têm um motivo e um significado. Estamos dotando de infraestrutura uma cidade maravilhosa que vai ter um grande legado
VALTER CORREIA
Secretário Extraordinário da COP30

Investimentos em tradição e memória — Diferente de simples reforma, a requalificação urbana promove sustentabilidade, acessibilidade, integração social, preservação ambiental e desenvolvimento sustentável. "Esses espaços são modernos e, ao mesmo tempo, reforçam a tradição, a memória, que são marcas da história do nosso povo", reforçou o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues.

A entrega faz parte do pacote de obras públicas para a COP30, realizadas pelo governo federal, em conjunto com os governos estadual e municipal e financiado pela Itaipu Binacional e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Desde a implementação de energia renovável à mobilidade urbanística, os investimentos envolvem a comunidade local, promovem capacitação em práticas sustentáveis e criam oportunidades de trabalho.

Preservação do Patrimônio Cultural e Sustentabilidade — A preservação do patrimônio cultural está diretamente ligada aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, que inclui metas para proteger e salvaguardar o patrimônio cultural e natural (ODS11). Nessa perspectiva, monumentos históricos são investimentos no equilíbrio entre passado, presente e futuro, promovendo modelo de desenvolvimento que respeita a herança cultural, protege o meio ambiente e beneficia as comunidades locais de forma duradoura.

A construção histórica, que mescla elementos do art nouveau e do neoclássico, continua desempenhando papel importante para o abastecimento da capital paraense. O Mercado de São Brás oferta mais de 300 feiras e lojas, que comercializam alimentos, ervas, carnes, artesanato, vestuário.

Assinado pelo arquiteto Aurélio Meira, o projeto de restauração inclui centro de convenções, restaurante panorâmico e terraço. Além de um entreposto comercial, a proposta é que esse patrimônio histórico se torne lugar de negócios, cultura e lazer.