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Lula se reúne com presidenta da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em Nova York
Um dos assuntos abordados foi a perspectiva de assinatura do acordo entre União Europeia e Mercosul. Foto: Ricardo Stuckert / PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidenta da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reuniram-se nesta segunda-feira, 23 de setembro, em Nova York, onde o líder brasileiro discursa nesta terça-feira (24/9), na abertura da Assembleia Geral da ONU.
Lula manifestou entusiasmo sobre a possibilidade de chegar à conclusão do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia em breve. O presidente também mostrou-se preocupado com o crescimento de extremismos pelo mundo, o que se reflete no desempenho econômico global. O líder brasileiro ressaltou, contudo, os bons números do crescimento do país, acima das previsões de mercado. Citou, nesse sentido, o baixo desemprego, a aprovação do arcabouço fiscal, a retirada de 24,5 milhões de pessoas da fome no Brasil e as políticas de microcrédito como alguns dos expoentes da economia brasileira.
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA – A pauta sobre energias limpas também foi discutida. Segundo Lula, é preciso aproveitar as oportunidades oferecidas pela transição energética. Ursula von der Leyen ressaltou a centralidade desse tema, por uma transição que leve em conta a necessidade de combater as mudanças climáticas e proteger o meio ambiente.
Ambos comentaram sobre a estiagem no Brasil. Lula destacou as secas recordes na Amazônia e a existência de muitos incêndios criminosos nesse período. O presidente recordou que recentemente se reuniu com dirigentes dos demais poderes do Brasil e falou sobre a necessidade da aprovação de uma legislação mais rigorosa sobre queimadas criminosas. Ele também falou sobre as enchentes no Rio Grande do Sul, outra catástrofe derivada das mudanças climáticas.
Ursula von der Leyen ressaltou que os fenômenos climáticos também atingem a Europa, com incêndios e enchentes, e ambos reafirmaram a necessidade de políticas mais efetivas para o combate de desastres. A dirigente europeia frisou ainda a possibilidade de uma maior cooperação técnica entre as duas partes sobre esses fenômenos.