Notícias
INDÚSTRIA
Brasil Mais Produtivo inicia etapa que transforma MPEs em “fábricas inteligentes”
Com a presença do presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, empresários e autoridades, o roadshow do Brasil Mais Produtivo (B+P) chega a São Paulo nesta segunda-feira, 23 de setembro, para o lançamento da terceira etapa do programa, que envolve ações para transformar micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) em “fábricas inteligentes”.
A primeira novidade é o lançamento das chamadas de projetos do Smart Factory no valor de R$ 160 milhões. O projeto apoiará o desenvolvimento de novos produtos e tecnologias que vão acelerar a adoção em MPMEs de tecnologias habilitadoras da Indústria 4.0, focadas na resolução de problemas relacionados à produtividade. Os recursos serão provenientes de parceria entre a FINEP e o BNDES, que vai apoiar 360 projetos de inovação, com potencial de impactar positivamente a produtividade de 8,4 mil MPMEs.
Para Alckmin, essa é uma grande oportunidade para os empresários impulsionarem a produtividade e a digitalização dos seus negócios. "O Brasil Mais Produtivo vai fazer diferença. Primeiro, porque trabalha com micro, pequenas e médias empresas, que são a maioria das empresas brasileiras e as que mais precisam. Depois, porque ele promove a transformação digital, o aumento de produtividade e a conquista de mercados e de boas parcerias”, avalia o presidente em exercício.
Cada projeto selecionado receberá apoio técnico e financeiro direto tanto para o desenvolvimento quanto para a implementação da tecnologia nas MPMEs selecionadas. A Embrapii também colabora com o desenvolvimento e aplicação de novas tecnologias. Todas as empresas envolvidas terão a possibilidade de contratação de pós-graduação nessa temática oferecida pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), com desconto.
Ao final desta jornada, as empresas deverão elevar seu nível de digitalização por meio da instalação de sensores digitais na linha de produção, interligação de sistemas por computação em nuvens, utilização de Big Data, IoT (internet das coisas), impressão 3D e inteligência artificial.
» A porta de entrada no programa é pelo site do Brasil Mais Produtivo.
PLANO - A segunda linha de atuação nesta etapa é das consultorias em transformação digital para médias empresas industriais, que terão 70% do custo subsidiado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). As consultorias começam ainda em 2024, e a expectativa é que até 2027 sejam realizados 1,2 mil atendimentos. As consultorias oferecidas utilizarão a ferramenta SIRI (da sigla em inglês Smart Industry Readiness Index) para avaliar a maturidade digital das empresas, identificando pontos de melhoria e áreas que necessitam de investimentos tecnológicos.
As empresas participantes terão acesso a projetos de investimento bem-estruturados para ter acesso a linhas de financiamento do BNDES e FINEP, com taxas de juros mais atraentes, facilitando a obtenção de recursos para implementação de tecnologias digitais avançadas.
A inovação e a transformação digital contribuem para a criação de novos postos de trabalho (técnicos, especializados e intensivos em conhecimento), para o desenvolvimento de tecnologias, manutenção e operação de novas ferramentas e sistemas, entre outras finalidades.
As ações visam reduzir desigualdades tecnológicas entre as empresas ao proporcionar acesso a ferramentas e conhecimentos de transformação digital para MPMEs. Também é esperado que pequenas e médias empresas tenham a oportunidade de aplicar novas tecnologias utilizadas por grandes corporações, promovendo uma economia mais equilibrada e inclusiva.
PARCEIROS - Coordenado pelo MDIC, o Brasil Mais Produtivo é uma parceria entre BNDES, Finep, Embrapii, ABDI, Sebrae e Senai. O programa faz parte da missão 4 da Nova Indústria Brasil, política industrial lançada em janeiro, com o objetivo de melhorar a produtividade e estimular a digitalização de 200 mil indústrias até 2027 e atender presencialmente 93 mil empresas, com investimento de mais de R$ 2 bilhões.