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“Nada é impossível”, diz Lula a colaboradores de uma das empresas que mais empregam na Paraíba
Lula visitou a nova unidade da AeC, em João Pessoa, e se encontrou com jovens trabalhadores da empresa que tem 52 mil colaboradores - Foto: Ricardo Stuckert/PR
Durante visita ao estado da Paraíba, nesta sexta-feira, 30 de agosto, o presidente Lula também participou da inauguração da nova unidade da AeC Centro de Contatos, na capital, João Pessoa. A empresa de call center possui 52 mil colaboradores (20 mil somente na Paraíba) e é uma das maiores empregadoras do estado e da Região Nordeste. Ela oferece oportunidades de emprego a beneficiários de programas sociais e inscritos no Cadastro Único (CadÚnico). A meta inicial era destinar 10% das vagas às pessoas em situação de vulnerabilidade social, mas o percentual foi ultrapassado: dos 11.301 colaboradores admitidos no segundo trimestre de 2023, por exemplo, cinco mil são do CadÚnico e três mil são beneficiários do Bolsa Família.
“Eu queria tentar falar da minha experiência de vida para vocês saberem que nada é impossível”, disse Lula aos diretores e funcionários da empresa. “Eu digo sempre que a única coisa impossível é Deus pecar. O restante a gente pode consumir, a gente pode produzir, tendo verdade”, afirmou, após ouvir histórias de vida contadas pelos colaboradores. Se um cara que passou por tudo isso, que não tem diploma universitário, conseguiu chegar onde eu cheguei, fico imaginando o que vocês podem alcançar na vida. E aí, por conta da minha obsessão de não ter tido um diploma universitário, resolvi que eu ia fazer muita universidade e escolas técnicas”, afirmou o presidente.
Lula ressaltou, ainda, que vai terminar o mandato com 783 institutos federais criados. E como o presidente que mais fez universidade e extensões universitárias espalhadas pelo interior do país e que mais colocou alunos na universidade. “Nós não podemos deixar uma pessoa passar fome nesse país, nós não temos o direito de ver uma pessoa morar na rua nesse país. É por isso que criamos o Minha Casa, Minha Vida, para a gente tentar vender as casas em condições favoráveis e quem é do Bolsa Família não paga mais a casa agora. A gente entrega a casa, está na Constituição. Moradia é um direito do povo e é obrigação do Estado”, salientou.
DEPOIMENTO - Instrutora de treinamento da empresa, Anne Gabrielle, filha de um agricultor e de uma empregada doméstica, trabalha há nove meses na AeC e afirmou que, nesse período, foi promovida duas vezes. Seu depoimento emocionou os convidados, especialmente ao relatar as dificuldades em sua trajetória, sendo uma mulher trans, preta e gorda que, com esforço e reconhecimento, conseguiu realizar muitos sonhos, como o emprego que agora ocupa. “Sou uma pobre, do interior da Paraíba, filha de uma mãe que sustentou três filhos por meio da renda que ela tinha e do Bolsa Família. E estudei por meio do Pronatec e do Fies. Então, o governo está sempre na minha vida, por meio das oportunidades”, confessou.
Fundador da AeC, Antonio Guilherme Noronha, disse que sabe da preocupação de Lula com a geração de empregos, especialmente para os jovens em sua primeira oportunidade, para as mulheres, negros e para todos os grupos minorizados. “Setenta por cento do nosso faturamento vai direto para as pessoas, como salário e benefícios. Quase a metade dos nossos trabalhadores tem entre 18 e 24 anos, em seu primeiro emprego. Reitero nosso compromisso com a inclusão social, por meio do emprego e da renda, gerando oportunidades, especialmente para os jovens do nosso Brasil”, explicou.
Também participaram da visita à empresa os ministros do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias; da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes; e interino da Secretaria de Comunicação Social, Láercio Portela; além do governador da Paraíba, João Azevêdo.
AeC – Criada em 1992, em Belo Horizonte, como uma revendedora de software, a AeC é uma das líderes brasileiras em relacionamento com clientes. Com 32 anos de história, a atuação é voltada para projetos customizados e consultorias em atendimento e tecnologia, com o objetivo de buscar soluções empresariais. Entre os colaboradores da empresa, 65% são mulheres, 68% são negros e pardos, mais de 20% são LGBTQIAP+ e há mais de 1 mil mulheres homens e mulheres trans e mais de 1.700 PCDs.